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Como inseto pousa na água sem afundar?
Caroline Ropero
Especial para o Diário
02/10/2011 | 07:00
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Denis Maciel /DGABC


Ingrid Gregório Santos, 11 anos, de Diadema, ouviu na aula de ciências que alguns insetos podem pousar e andar sobre a água, só não entende como fazem isso. "Seria legal se as pessoas andassem também, mas, no máximo, conseguimos boiar", diz a menina, que adora fazer o mesmo quando vai à piscina.

Para entender como alguns insetos conseguem essa proeza, é preciso imaginar primeiro que a água é formada por milhares de minúsculas bolinhas chamadas moléculas, como se fosse uma piscina de bolinhas. A todo instante, elas se atraem e, enquanto tentam ficar grudadas, são puxadas para o lado, para cima e para baixo. Só a parte que fica na superfície não é puxada para cima, já que não há moléculas acima delas. É como se formassem uma parede bem fininha sobre a água.

Quando o inseto (que é bem levinho) pousa sobre a superfície, ele ‘pisa' em cima de um grupo de moléculas que estão bem juntinhas. Elas não o deixam destruir a parede que formaram, por isso, o bicho não afunda e consegue andar por cima das moléculas. Além disso, nas patas de certos insetos, como mosquitos, há pelos cobertos por uma substância gordurosa, onde a água não consegue penetrar.

No entanto, se nessa hora alguém jogar uma gota de detergente, o bichinho afunda. Qualquer tipo de sabão tem a capacidade de separar as moléculas e eliminar a força que as mantêm juntas. É por isso que se usa esse produto para lavar roupa. O sabão consegue penetrar dentro do tecido e separar as moléculas da água para eliminar a sujeira e gordura. A água não faz isso sozinha.

Por que o passarinho não leva choque no fio?

O choque é a eletricidade que atravessa uma parte do corpo de alguém. Isso só acontece quando se completa um circuito elétrico, como encostar em um fio desemcapado ao mesmo tempo em que toca outro tipo de material. Daí a corrente elétrica entra por uma parte, como as mãos, e sai por outra, como os pés, se estiverem descalços. Nada disso ocorre se usar sapato com sola de borracha, que é isolante e não deixa a corrente elétrica passar; por isso, eletricistas usam luvas e botas de borracha.

A ave não leva choque ao pousar no fio porque a corrente elétrica que passa pelo corpo não consegue sair dele, já que os pés não tocam o chão ou outro material condutor de eletricidade. No entanto, se colocar uma pata em cada fio ou se desequilibrar e esbarrar em algo, pode ser eletrocutada.

Isso ocorre com os tuiuiús no Pantanal. Como são grandes, correm risco ao pousar uma pata em cada fio ou encostar a ponta de cada asa em um fio diferente. Por isso, em áreas onde vivem essas aves, os fios são mais afastados uns dos outros para evitar que a corrente elétrica passe por elas.

Consultoria de Pierluigi Piazzi, autor de livros de Física




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