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Brincadeira de criança quer virar esporte oficial
Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
21/09/2008 | 07:22
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O que era brincadeira de criança passou por adaptações e pode se tornar competição oficial em 2009, em São Caetano. O tacobol ou taco bola, como é conhecido, foi inserido e usado como clínica nos Jogos Escolares da cidade - encerrados na semana passada - para que os jogadores se familiarizassem com o esporte. Vinte equipes (dez masculinas e dez femininas) participaram das disputas na quadra da Abrevb (Associação Beneficente Recreativa e Esportiva de Vila Barcelona).

A modalidade caiu no gosto da garotada e a Federação Paulista de Tacobol já pensa em levá-lo para os Jogos Regionais e Jogos Abertos do Interior em 2009.

"Acho que há boas condições para que isso se concretize. Temos ainda a intenção, já no ano que vem, de organizar um estadual", disse, otimista, o presidente da federação, Carlos Alberto Scavassa, 52 anos.

Caso se concretize a realização do estadual, conta Scavassa, as disputas envolverão jogadores de diferentes categorias, do mamataco (a partir dos 6 anos) ao mastaco (55 anos em diante. "De imediato, não conseguiremos formar todas as categorias, mas com o tempo isso será possível", avalia Scavassa.

No geral, o jogo é disputado em duplas. De cada lado do 'campo' ficam um arremessador e um batedor. Quem arremessa tem de derrubar a casinha com a bola (a de tênis é a mais comum) para passar à condição de batedor. A outra forma é derrubar o tripé se o batedor mantiver o taco levantado quando a bola cruzar a área.

A graça do jogo está justamente na briga pela posse do taco, pois esta é a única maneira de se fazer pontos. A cada rebatida o jogador deve mandar a bola o mais longe possível para somar pontos. Cada cruzamento de campo por parte dos rebatedores vale dois pontos.

De acordo com Scavassa, 80% do que é aplicado na brincadeira de rua foi mantido nas disputas dos Jogos Escolares. Entre as poucas alterações estão o sistema de jogo e pontuação. Nos Jogos Escolares as disputas foram feitas em dois sets, com 50 arremessos cada um. Vencia a partida quem somava o maior número de pontos ao final dos dois sets. Quem iniciava o primeiro set no arremesso começava o segundo rebatendo. Na brincadeira tradicional define-se o limite de pontuação, no geral 20 pontos.

Equipes - Nos Jogos Escolares, cada equipe podia ter até cinco componentes. A troca de jogadores era livre. Em cada set, os treinadores tinham direito a duas paradas técnicas de um minuto. A queimada (quando a bola toca no jogador que está com o taco) e a bola para trás (momento em que a bola bate no taco e vai para trás) também foram mantidas. Tais deslizes são considerados falta. O rebatedor que fosse atingido três vezes perdia a posse do taco. Só que, ao contrário da brincadeira de rua, a cada cruzamento feito pelos rebatedores eliminava-se uma falta.

As regras e até o nome da brincadeira são diferentes em cada localidade. No Sul e em parte do Sudeste do País, é chamado de Taco ou Tacobol. Em parte do Sudeste e Norte e Nordeste, também é chamado de Bétis.

A federação, segundo Scavassa, existe desde 1998, mas não conseguiu organizar torneios ao longo desse tempo por falta de apoio. "Os outros integrantes da federação se afastaram e a coisa esfriou".




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