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‘Costa do Marfim’ é reinvenção da Cachorro Grande

Banda gaúcha lança disco diferente de tudo o que já fez para marcar nova fase do grupo

Cesar Barbosa
10/10/2014 | 06:00
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Divulgação


Foram seis álbuns comparados com os Beatles, Rolling Stones, The Who e outras bandas clássicas dos anos 1960. Quando tudo indicava que a Cachorro Grande ficaria com o rótulo ‘rock gaúcho’, chega Costa do Marfim (R$ 25 em média). Considerado o álbum mais experimental do grupo, mistura psicodelia com música eletrônica.

Em entrevista ao Diário, o cantor Beto Bruno conta que a mudança foi inspirada por discos, como a Trilogia de Berlin (David Bowie), no The Clash e na segunda fase dos Beatles e diz que o Costa do Marfim, que chega às lojas com 11 temas, significa ruptura entre o que a banda era e o que será. “Estamos em nova fase. A gente precisava recriar nosso som. Aquela banda que tocava na Rua Augusta e quebrava tudo no palco igual ao The Who ficou para trás. A gente gostou do resultado desse disco, mas a partir de agora não quero repeti-lo. Não quero mais fazer o que fazíamos”, afirma Bruno.

Com muitas influências, o cantor lembra que a banda sempre quis algo distinto e que se não fosse agora, não seria mais. “Na verdade a gente já sabia que a galera ia estranhar, mas sempre gostamos de coisas como Primal Scream, Happy Mondays, The Chemical Brothers, mais recentemente o Ian Brown, e nós vimos que era a hora certa de ousar, de colocar no disco todas essas influências. Acho que primeiro a gente tem de gostar do que fazemos para depois as outras pessoas gostarem. Esse é o jeito mais verdadeiro de entregar um trabalho.”

Desde o processo de criação, o Costa do Marfim foi diferente. O vocalista conta que em todos os outros álbuns a banda ensaiava o suficiente para chegar com o disco quase pronto no estúdio. “Desta vez nós só estávamos com uma demo básica e, em vez de terminar o CD nos ensaios, nos juntamos no estúdio com o produtor Edu K, que virou o sexto integrante. Lá, os seis quebraram a cabeça para que esse disco fosse diferente.”

Sem um motivo específico, o nome do CD surgiu de uma brincadeira que se espalhou na internet. “As pessoas realmente pensavam que a gente estava na Costa do Marfim, mas nós gravamos na Rua Augusta, em São Paulo, mesmo. No fim, foi inevitável não colocar esse nome no disco.”

Agora a banda se preocupa com os ensaios para os shows de lançamento ao redor do Brasil. “Estamos ensaiando há mais de três semanas e agora as coisas estão dando certo. Posso prometer que o som vai ficar mais pesado ao vivo do que no disco”, encerra Bruno. O próximo show em São Paulo é dia 17, no Sesc Pompeia, Veja agenda completa no www.cachorrogrande.com.br.




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