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Donos do Jardim Scaff não negociam
André Vieira
Do Diário do Grande ABC
22/09/2009 | 07:09
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Representantes dos donos do terreno particular onde irregularmente cresceu o Jardim Scaff, em São Bernardo, afirmaram ontem que não pretender fazer um acordo para evitar a desocupação do lugar e esperam ver cumprida a determinação judicial de reintegração de posse da área, expedida em junho. A declaração foi dada durante reunião no Fórum de São Bernardo.

O encontro ocorreu a pedido do juiz titular da 7ª Vara Civil, Gersino Donizete do Prado, e contou com a participação do Ministério Público, da Prefeitura, dos herdeiros do terreno e de advogados dos moradores. Segundo o magistrado, não houve progresso. "De concreto, nada foi feito. A proposta da Prefeitura não avançou e os proprietários querem o cumprimento da decisão da Justiça. Se não houver nenhum fato novo, até o final do ano, a ação caminha para a desocupação."

Uma das propostas da administração, que deverá realizar novo levantamento sobre o bairro, é de usar parte da área para a construção de moradias, absorvendo parte da população invasora. A porção seria cedida pela família Scaff em troca da quitação de dívidas com município.

Advogado dos moradores, Humberto Rocha lembrou que algumas famílias alegam ter título de propriedade do imóvel e não poderiam ser removidas do bairro. "Temos muitos caminhos, mas é preciso construir uma saída priorizando a questão social", afirmou.

Histórico - O Jardim Scaff foi erguido às margens da Estrada da Servidão, em área de manancial com 88 mil metros quadrados. O processo judicial que pede a retirada dos invasores já tem 12 anos. A ocupação começou na segunda metade da década de 1990.

O levantamento mais recente apontou que cerca de 170 famílias moram no local, que não oferece a mínima infraestrutura, como saneamento básico e acesso regular a água encanada e a energia elétrica.




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