Desordem caracterizada por cólicas, dores abdominais, sensação de barriga inchada...
Desordem caracterizada por cólicas, dores abdominais, sensação de barriga inchada, constipação e diarreia, que causa grande desconforto, mas não lesiona permanentemente os intestinos.
As causas ainda não são claras. Uma teoria é que indivíduos que sofrem da síndrome têm intestino ou cólon maior, o que os torna particularmente mais sensíveis a certos alimentos e ao estresse, sendo que o sistema imunológico também pode estar envolvido.
A prevalência nos EUA atinge 15% dos adultos. Já no Brasil, é o diagnóstico mais comum dos que procuram os gastroenterologistas, com prevalência três vezes maior nas mulheres.
Exercem alguma influência fatores como:
Motilidade anormal do intestino delgado durante o jejum, contrações exageradas depois da ingestão de alimentos gordurosos ou em resposta ao estresse;
Hipersensibilidade dos receptores nervosos da parede intestinal à falta de oxigênio, distensão, conteúdo fecal, infecção e às alterações psicológicas;
Pacientes portadores da doença apresentam níveis elevados de neurotransmissores como a serotonina no sangue e no intestino grosso, que podem modificar a contratilidade e a sensibilidade das vísceras;
Infecções e processos inflamatórios podem contribuir para a instalação das crises;
Portadores da síndrome apresentam quadros de depressão e ansiedade mais frequentes.
Sinais e sintomas:
- Dor abdominal;
- Sensação de barriga inchada e desconforto;
- Algumas pessoas podem ter constipação, outras têm diarreia, enquanto algumas variam entre a constipação e a diarreia;
- Às vezes os sintomas desaparecem por alguns meses e então retornam;
O diagnóstico fica mais claro quando o desarranjo está associado à sensação de desconforto abdominal, dores que não podem ser explicadas por alterações estruturais ou bioquímicas e que tenham pelo menos duas de três características a seguir:
- Dores diminuem com a evacuação;
- Instalação das crises está associada à modificação da frequência das evacuações ou associada à mudança no formato das fezes;
- Além disso, no decorrer do último ano, o desconforto ou dor abdominal deve estar presente pelo menos durante 12 semanas, consecutivas ou não;
- A visualização direta do intestino através da colonoscopia ajuda na confirmação.
Saiba mais:
- A síndrome do intestino irritável pode ser incapacitante, impedindo o trabalho, eventos sociais e até viagens a curtas distâncias.
- Outras doenças podem ser confundidas com a síndrome do cólon irritável: câncer de cólon, diverticulite, obstrução mecânica, infecção, isquemia, síndromes de má absorção, doenças metabólicas e inflamatórias, endometriose e outras mais raras.
- O diagnóstico de cólon irritável é de exclusão, só pode ser estabelecido quando as outras causas puderem ser afastadas.
- A anotação diária dos alimentos associados ao aparecimento das crises é muito útil. Piora dos sintomas pode acontecer depois da ingestão de cafeína, álcool, comidas gordurosas, vegetais que aumentam a produção de gases digestivos ou produtos que contém sorbitol, como o chiclete e as balas sem açúcar.
- Pode ser aconselhável consultar um nutricionista para auxiliar nessas mudanças.
- Relaxamento, psicoterapia e exercícios físicos podem ajudar no controle dos sintomas.
- Infelizmente muitas pessoas sofrem bastante tempo com síndrome do intestino irritável antes de procurar ajuda médica.
- O médico gastroenterologista dará os melhores tratamentos para os sintomas específicos de cada pessoa e as encorajará a controlar o estresse e realizar mudanças na dieta.
- Remédios sob prescrição médica são importantes para aliviar os sintomas.
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