Em uma tentativa de desviar o foco dos escândalos de abuso sexual, o Vaticano publicou em seu jornal oficial uma declaração elogiando a música dos Beatles, oferecendo seu perdão aos integrantes John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr e dizendo que os problemas entre eles, como o uso de drogas, ficaram no passado.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, o L'Osservatore Romano afirmou, em sua primeira página, que a banda "achava que era maior que Jesus e divulgava mensagens misteriosas, possivelmente satânicas", mas também pergunta: "O que seria da música pop sem os Beatles?"

"É verdade, eles usaram drogas; levados pelo sucesso, tiveram vidas dissolutas", dizia o artigo. "Mas, ao ouvir as suas músicas, tudo isso parece distante e sem sentido. Suas belas melodias, que mudaram a música pop para sempre e seguem nos despertando diferentes emoções, seguem intactas, como pequenas pedras preciosas."

As pazes foram feitas 40 anos após John Lennon afirmar que os Beatles eram "mais conhecidos que Jesus Cristo". Uma declaração que enfureceu católicos do mundo inteiro.

Em 2008, o jornal já havia publicado um artigo em que atribuía os comentários de Lennon ao "exibicionismo de um jovem músico inglês que cresceu sob o mito de Elvis Presley e do rock and roll e que obteve um sucesso inesperado."