Política Titulo Oitiva STF
Bolsonaro pede desculpas a Moraes por acusações sem evidências

O depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF como réu teve início às 14h30 para a investigação da trama golpista que buscava anular o resultado das eleições de 2022

Natasha Werneck
10/06/2025 | 15:21
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FOTO: Ton Molina/STF

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Durante o depoimento no STF (Supremo Tribunal Eleitoral), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi questionado pelo ministro Alexandre de Moraes sobre uma reunião ministerial de julho de 2022, onde um áudio vazado na mídia mostrava o então candidato à reeleição acusando os magistrados de receber propina que implicava em prejuízo de sua candidatura na época. O liberal se desculpou pelas declarações e alegou que não havia indícios que comprovem o que foi dito.

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No questionamento, Moraes citou: "Além da imputação de fraude, de problema nas urnas, há também o incentivo a deslegitimação da Justiça Eleitoral. Leio um outro trecho da reunião, onde o senhor diz: 'Pessoal, perder uma eleição não tem problema nenhum. Nós não podemos é perder a democracia em uma eleição fraudada. Olha o Fachin, o cara não tem limite. E não vou falar que US$ 30 milhões, não vou falar isso aí. Que o Barroso está levando, US$ 30 milhões, não vou falar isso aí. Que o Alexandre de Moraes está levando US$ 50 milhões, não vou levar para este lado, não tenho prova. Mas algo esquisito está acontecendo. Este cidadão que está aqui é um marxista, advogado do MST. O Alexandre de Moraes vocês sabem qual é a vida pregressa dele, o Barroso também sabe'. Quais eram os indícios que o senhor tinha que nós estaríamos levando US$ 50 milhões, US$ 30 milhões?".

Bolsonaro, por sua vez, negou que havia provas: "Não tinha indício nenhum, senhor ministro. Era uma reunião para não ser gravada, um desabafo, uma retórica que usei. Se fossem outros três ocupando, teria falado a mesma coisa. Então, me desculpe, não tinha essa intenção de acusar de qualquer desvio de conduta."

O depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF como réu teve início às 14h30 para a investigação da trama golpista que buscava anular o resultado das eleições de 2022. Frente a frente com o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, Bolsonaro responde questionamentos sobre as alegações de fraude nas urnas eletrônicas.

A oitiva ocorre após o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, que reafirmou que Bolsonaro leu e alterou uma minuta golpista para prender ministros do STF e parlamentares. Bolsonaro é o penúltimo dos réus a depor; o último será o ex-ministro Walter Braga Netto, por videoconferência do quartel onde está preso desde dezembro.




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