Atrasos no pagamento de parcelas dos financiamento colocam o setor em alerta; possibilidade de aumento do IOF não preocupa
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O crescimento da inadimplência nos financiamentos, motivada principalmente pela alta dos juros, preocupa as montadoras de veículos. Segundo a Anfavea, associação que reúne os fabricantes, o não pagamento chegou a 5% para pessoa física e 3% para jurídica.
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“A inadimplência mostra elevação gradual e nos sinaliza que podemos ter contração da demanda em virtude de crédito mais caro”, comentou o presidente da Anfavea, Igor Calvet, na última semana, durante a apresentação dos resultados do setor em maio.
A elevação dos juros foi citada por Calvet como uma variável que traz mais preocupação do que o aumento das alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), uma vez que há confiança nas negociações entre governo e Congresso em torno de alternativas à alta do tributo.
Quanto ao IOF, a direção da Anfavea chamou a atenção para potenciais impactos da elevação do imposto no mercado de automóveis, que está em desaceleração. Porém, citando as negociações entre governo e Congresso em torno de alternativas ao IOF mais alto, a associação disse que confia na revogação ou alteração drástica da medida.
“Estamos confiantes de que o governo, o Ministério da Fazenda e o Legislativo encontrarão uma solução em prol da indústria e da produção nacional”, declarou Calvet. Na ocasião, o dirigente afirmou que espera “uma boa surpresa” em relação ao tributo, por conta de conversas com integrantes do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional.
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Nesse sábado (7), ainda em Paris, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu declaração que vai na linha do que afirmou a Anfavea. Segundo ele, tudo está “acertado” entre os poderes.
“Você pode estar certo de que vai acontecer exatamente o que nós acertamos, sem brigas, sem conflito, apenas fazendo aquilo o que tem que ser feito, conversar, encontrar uma solução e resolver”, afirmou a jornalistas ao ser questionado se o governo tem uma proposta alternativa para evitar a derrubada da alta do tributo no Congresso.
Lula disse que teve uma reunião em sua casa para discutir o IOF, com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de Gabriel Galípolo, do Banco Central, e Rui Costa, da Casa Civil. “Foi uma belíssima reunião. Está tudo acertado”, afirmou Lula.
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