O desejo pela arma de fogo como item de defesa pessoal, na visão psicológica, traz uma conotação muito maior do que apenas garantir segurança
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O desejo pela arma de fogo como item de defesa pessoal, na visão psicológica, traz uma conotação muito maior do que apenas garantir segurança. Para a psicanalista Andréa Ladislau, o objeto ou o porte dele, está, inconscientemente, relacionado ao poder, potência e empoderamento. Para a especialista, a sociedade, de forma geral, considera a arma de fogo como uma ferramenta que inspira virilidade e validação.
“Em uma sociedade em que muitos acreditam que só se vence, ou consegue algo, quem é forte e potente, naturalmente, a arma de fogo torna-se um objeto de desejo para alcançar esse status: poder de controle, dono da razão e da verdade”, afirma Andréa, que também é membro da Academia Fluminense de Letras.
A psicanalista avalia que as redes sociais podem ter interferência nisso, pois provocam e atiçam a necessidade do ser humano em estar sempre em uma vitrine, evidenciando e expondo suas melhores potencialidades. Além disso, as mídias sociais, de alguma forma, trazem a falsa ilusão de que tudo é possível e permitido. Andréa destaca, porém, que é muito mais comum isso acontecer se a pessoa não estiver em condições normais de equilíbrio mental. “Se algo está desajustado, seja em seu comportamento ou em suas emoções reais, certamente a ilusão das redes sociais pode enganar”, finaliza.
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