De acordo com o antigo compromisso, Mozart receberia, inicialmente, cerca de R$ 60 mil mensais, reajustáveis de forma que, no último ano, o jogador estaria ganhando R$ 100 mil mensais. ``Para jogar no Flamengo, faço qualquer negócio', disse Mozart ao seu advogado Augusto Mafuz, durante as negociaçoes, segunda-feira em Curitiba, que tiveram a participaçao do superintendente do Flamengo Renê Simoes.

``O assunto foi resolvido, só falta uma garantia bancária para o contrato ser assinado terça-feira. Conseguimos uma boa reduçao no valor do passe e dos salários. Acredito que no futuro o Mozart vai valer bem mais do que estamos pagando. E o que é mais importante, foi um jogador indicado pelo Carpegianni', disse o presidente do Flamengo, Edmundo Santos Silva, que ainda nao encerrou a temporada de contrataçoes para o Estadual. ``O Léo (Rabello, empresário que trabalha para o clube) embarca terça-feira para a Europa. Se ele vai tentar o Gamarra? Isso eu nao sei', desconversa Edmundo.

O desfecho da novela Mozart, que chegou a ser contratado e posteriormente devolvido em fevereiro, foi a melhor maneira encontrada pelo Flamengo de fugir de uma eventual puniçao judicial. Isso porque o clube firmou dois contratos na ocasiao - um de cessao do passe com o Coritiba e outro de trabalho com o jogador.

Desfazer o negócio, como o presidente Edmundo chegou a orientar seus advogados, praticamente obrigaria o Flamengo a indenizar as partes. ``A gente gastaria algum dinheiro e ainda ficaria sem o jogador', explica o diretor jurídico Júlio Gomes Filho. Segundo o técnico Carpegianni, que tinha a preferência pela vinda de Zé Elias, ``nao haverá nenhum inconveniente em recebê-lo'