Só se tem idéia das peripécias que Jackie Chan apronta em seus filmes quando sobem os créditos na tela. Acabada a trama, começa a tradicional exibição de um clipe com os erros de gravação do astro chinês, que se firmou em Hollywood graças a incríveis habilidades marciais. Em Hora do Rush 2 (Rush Hour 2, EUA, 2001), que estréia nesta sexta no Grande ABC e no circuito nacional, é preciso reparar bem na cena em que Chan passa pelo vão de um guichê depois de um salto. Não há truques nem cortes, mas o público só descobre isso quando vê, no clipe, o ator entalar diversas vezes no estreitíssimo buraco.

Essa é justamente a magia do cinema de Chan, artista que iniciou a carreira aos 7 anos no Teatro da Ópera de Pequim, onde aprendeu acrobacias, ginástica olímpica, artes marciais, dança, canto etc. É um astro completo e, como se não bastasse, cômico e carismático. Hora do Rush 2, nos Estados Unidos, acumulou US$ 215 milhões de bilheterias e, após três meses de exibição, continua entre os mais vistos do país.

Nesta comédia de ação, ele interpreta novamente o detetive Lee, da polícia de Hong Kong, que está de férias em sua cidade ao lado do agente tagarela James Carter (Chris Tucker), de Los Angeles. Em pleno descanso, a dupla se depara com um problemão: uma bomba explode na Embaixada dos Estados Unidos e mata duas pessoas.

A polícia desconfia primeiramente do mafioso Ricky Tan (John Lone), ex-parceiro do pai de Lee na força de Hong Kong. As autoridades norte-americanas pressionam para assumir o caso e, enquanto isso, Lee e Carter agem por conta própria.

Por conta das investigações ao bando de Tan a dupla chega até sua comparsa, Hu Li (Zhang Ziyi, de O Tigre e o Dragão), ao milionário Steven Reign (o comediante Alan King) e à misteriosa Isabella Molina (Roselyn Sanchez), que diz ser uma agente da CIA disfarçada. A trama é desviada para Las Vegas, onde Reign comanda o cassino Red Dragon, local escolhido para lavar dinheiro falso.

A direção de Hora do Rush 2 ficou nas mãos de Brett Ratner, que recentemente filmou o insosso Um Homem de Família, com Nicolas Cage e Téa Leoni. Ratner também foi responsável pela primeira fita, de 1998, um estrondoso sucesso de bilheteria (acumulou US$ 250 milhões), além de dirigir videoclipes de Madonna e Mariah Carrey.