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FBI interroga brasileiro que conviveu com suspeito
Do Diário OnLine
25/09/2001 | 20:54
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Quatro agentes do FBI, a polícia federal americana, interrogaram nesta semana o brasileiro Tácito Cury, que conviveu com Marwan al-Shehhi, um dos suspeitos de estar envolvido no ataque terrorista do dia 11 de setembro. Cury trabalha em uma escola de inglês de Nova York freqüentada durante um mês por al-Shehhi, em maio do ano passado. Além do brasileiro, os policiais ouviram alunos, professores e outros funcionários da escola. Recolheram ainda toda a documentação de al-Shehhi nos arquivos, incluindo seu histórico escolar.

Tácito Cury disse, em entrevista ao Jornal Nacional, que os agentes do FBI perguntaram principalmente sobre as características de al-Shehhi. "Eles queriam montar um estereótipo do terrorista, saber como ele era", disse o brasileiro. "Era um sujeito normal, uma pessoa educada. E que quase me matou". Cury estava saindo da estação do metrô que ficava abaixo do World Trade Center quando aconteceu o ataque. Salvou-se correndo em meio à explosão. Segundo as investigações do governo americano, Al-Shehhi estava pilotando o Boeng que se chocou com a segunda torre do complexo.

Natural dos Emirados Árabes Unidos, Marwan al-Shehhi tinha 23 anos. Na ficha de inscrição na escola de inglês, anotou apenas seu nome, sua data de nascimento e uma caixa postal. Disse que ainda estava procurando um lugar para morar. Das 55 questões do teste de inglês para ingressar no curso, acertou 22. Ele pagou mais de US$ 1 mil pelo curso de 30 dias.

Al-Shehhi teve aula de pilotagem durante três semanas na Jones Aviation of Sarasota (sudeste da Flórida), entre os meses de setembro e outubro de 2000, junto com Mohammed Atta, outro suspeito pelos atentados. "Tinham mau comportamento, além de falarem pouco inglês", contou Gary Jones, vice-presidente da escola.

Autoridades do governo dos Emirados Árabes confirmaram que Marwan al-Shehhi tinha ligações com Osama Bin Laden há cerca de dois anos.




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