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"É uma comédia romântica suave, na qual meu personagem aprende a ser homem da pior maneira possível: com a perda", conta Benício. Como Toninho, ele contracena com a belíssima Penelope, no papel de sua mulher, Isabella. A jovem, amargurada pela traiçao, parte para a Califórnia onde sonha ser chef de cozinha.
O filme se passa inicialmente na Bahia, onde moram os personagens, mas é todo falado em inglês. Segundo a diretora, ela procurou atingir um público universal, por meio de uma história narrativa. "É um conto de fadas, narrado pela amiga de Isabella, Mônica, o que explica a língua inglesa. E sendo ficçao, cabe tudo", explica Fina. Mônica é um travesti baiano radicado nos Estados Unidos e interpretado pelo ator Harrold Perrineau Jr.
A idéia inicial era de que Toninho também cantasse em inglês, segundo o produtor Alan Poul. "Mas as músicas de Tom Jobim ficam sem sentido em outro idioma. Preferimos manter o original e misturar as cançoes em português com o texto em inglês".
Sobre o elenco variado, Fina explica que encontrou a personagem Isabella na atriz espanhola. "Ela tinha todas as características, além da fama internacional, o que era imprescindível para um grande lançamento", conta. O filme, encaixado em plataforma de arte graças ao baixo orçamento, foi lançado em mil salas nos Estados Unidos; deixou a desejar nas áreas rurais, mas teve desempenho razoável nos grandes centros urbanos.
A idéia do roteiro - grande parte da trama é passada na cozinha, onde Isabella prepara pratos baianos à base de pimenta malagueta - surgiu da saudade da roteirista Vera do Brasil. Estudando em Nova York, ela começou a escrever de forma despretensiosa. Lembrou dos dotes culinários da mae, juntou com suas crises de enjôo (Isabella sofre de labirintite) e com a saudade do Brasil e exagerou um pouco. "O cinema nada mais é do que um exagero da vida", filosofa. "Todo o roteiro tirei de experiências pessoais, por isso ficou tao simples e original ao mesmo tempo".
Fina, por sua vez, se diz satisfeita com o resultado. "Consegui respeitar a idéia de Vera na tela. O mais legal do filme é que ele nao tem clichês. Clichê do Brasil é mulher de biquíni na praia de Copacabana", analisa.
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