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Saúde
Residência com foco de dengue preocupa vizinhos
Nelson Donato
especial para o Diário
27/01/2016 | 07:00
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Mesmo com a proliferação cada vez mais preocupante do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus, e com os apelos das autoridades pela prevenção dos focos, muitas pessoas ainda não se conscientizaram dos riscos. Este é o caso de moradores de imóvel na Rua Estônia, no Parque das Nações, em Santo André.

A residência possui diversos objetos expostos que podem armazenar água parada e, consequentemente, se tornar criadouros do mosquito. Da casa ao lado, é possível ver pneus, canos, uma caixa e até uma pia depositados na laje.

Vizinho da moradia, casal de idosos foi diagnosticado com dengue. O neto deles, Jorge dos Santos Matos Neto, 28 anos, relata que sua avó, Gessy Atallah Martins, 73, havia alertado os proprietários da casa. “Ela conversou com os vizinhos há uns cinco meses, mas não a levaram a sério. Agora meu avô de 89 anos está internado na UTI e ela está na minha casa. Estamos muito preocupados.”

A equipe do Diário tentou entrar em contato com os moradores da casa problemática, porém ninguém respondeu aos chamados. “Eles são pessoas difíceis. A situação do quintal estava terrível, vários baldes com água parada. Após denunciarmos no Facebook, eles limparam algumas coisas, mas ainda tem um galão cheio de água lá. É muita falta de consciência”, desabafa Matos.

Segundo ele, sua mãe solicitou junto ao Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) uma inspeção na residência. A autarquia porém, deu um prazo que foi considerado longo mediante as circunstâncias. “Eles disseram que enviariam equipe até o dia 22 de fevereiro. Mas não temos este tempo todo, por isso fomos obrigados a contratar um dedetizador particular para eliminar os mosquitos da casa dos meu avós.”

Além dos problemas de saúde, a infestação obrigou a família a mudar drasticamente a rotina. “Com o meu avô na UTI e minha avó morando na minha casa com meus pais, tudo mudou. Minha mãe não pode ir trabalhar e agora durmo na sala”, lamenta o neto do casal.

Procurado, o Semasa informou que não faz a vistoria de dengue diretamente, por solicitação de morador, mas acompanha a zoonoses e a Defesa Civil. Já a Prefeitura informou que o caso foi enviado ontem à GCZ (Gerência de Controle de Zoonoses) para verificação e, caso o local ainda não tivesse sido vistoriado, seria realizado o procedimento e tomadas as medidas cabíveis.




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