Existem ainda nove vagas para micro e pequenos empresários do setor metal mecânico que queiram fazer parte do APL (Arranjo Produtivo Local), parceria do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC.

Os requisitos básicos são faturamento anual de até R$ 2,4 milhões e contar com indústria estabelecida na região nos segmentos de metalúrgica, estamparia de metais, usinagem, oxicorte, tratamento térmico e galvanoplastia, entre outras,

Para se tornar integrante do APL Metal Mecânico, é preciso pagar mensalidade de R$ 200. Os recursos do Arranjo são compostos em 50% pelo Sebrae, 25% pela Agência e 15% pelos associados.

O grupo já conta com 51 participantes e, em tese, o limite seria de 50. "Decidimos elevar para 60 porque há situações em que algumas empresas são mais estruturadas do que outras. Por exemplo, havendo um curso de gestão financeira, dificilmente a adesão será de 100%, então ampliamos a margem", disse a gestora do projeto, Nilza Mariucci.

Ela explicou que os interessados podem entrar em contato pelos telefones (11) 4056-2135 ou 8331-0660 para preencher o termo de adesão.

PROJETO - Na avaliação de Norberto Perrella, gerente de comunicação do grupo, um integrante do APL Metal Mecânico pode se beneficiar principalmente na busca pela redução de seus custos. "O empresário que procura o APL querfazer algo diferente de tudo o que ele faz hoje. E busca ganhar força, pois quando o empresariado se junta, é possível conseguir coisas que sozinho ele não conseguiria."

Um exemplo citado por Perrella, também proprietário da Ferkoda, de Mauá, foi o desconto conseguido na compra da cesta de Natal aos empregados no ano passado. "Obtivemos abatimento de 20% nos gastos."

Perrella disse ainda que estão pleiteando desconto com as seguradoras para obter plano de saúde empresarial por preço mais acessível. "Oferecendo um maior número de vidas, será possível pagar menos."

O APL busca também estabelecer um único CNPJ, para que todas as atividades que digam respeito às empresas do arranjo possam ser feitas em um único nome.

A expectativa é de que isso facilite a solicitação de empréstimos. Hoje, embora haja linhas específicas para agrupamentos, como uma oferecida pelo Banco do Brasil, o gerente acredita que as linhas de financiamento ainda são restritas. "Quem sabe com o CNPJ do APL a situação não muda um pouco ?"

VANTAGENS - De acordo com Ricardo Klomfahs, proprietário da Lumafix, de Diadema, o APL é uma mão na roda por favorecer a participação em feiras do setor, treinamento, palestras de capacitação e para estabelecer negócios entre os integrantes do polo.

Uma das atividades de sua empresa é cortar e desenhar chapas de aço. "Vou aumentar de 30% a 40% meu faturamento por conta de um negócio fechado com parceiro do APL, fornecedor de peças de caminhões e ônibus", comemorou.

Desde que entrou para o grupo, em 2007, Klomfahs alega que seus rendimentos já cresceram 5%.