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Para os motoristas que enfrentaram desvios e congestionamentos nesse período de obras, o término do rebaixamento da avenida é sinônimo de alívio. “Andar por Mauá estava caótico”, disse o taxista Antônio Ribeiro. Para ele, o desvio desenhado pelo departamento de trânsito da cidade, além de ser muito extenso, causava transtorno para os motoristas e para os moradores. “Ficamos este tempo todo em constante congestionamento. Não tinha mais horário bom para sair de carro.”
O ferramenteiro José Carlos Guimarães deu “graças a Deus” ao saber que a avenida será liberada. “Estava levando 20 minutos a mais para chegar em casa. Além disso, a sinalização do desvio não ajudava. Para quem não conhece a cidade estava fácil se perder”. A secretária de Obras, Maryluce Santa Roza, afirma que não havia outras alternativas de desvio.
O trecho rebaixado da avenida Capitão João – que liga Mauá a Ribeirão Pires – está no mesmo nível da linha férrea, 4,5 metros abaixo do corredor comercial e tem dois semáforos a menos. A obra custou R$ 1,8 milhão. Os recursos são provenientes das permissionárias de transporte coletivo que atuam na cidade.
O conjunto de intervenções viárias visa ligar as partes baixa e alta da cidade. Segundo a secretária de Obras, o próximo passo será finalizar as obras da pista que passará por baixo do viaduto Mário Covas e absorverá o fluxo de veículos que segue sentido Santo André, e a pavimentação do calçadão em frente aos estabelecimentos comerciais da Capitão João, no bairro da Matriz. O calçadão deve ficar pronto em agosto.
Com a liberação da pista, tanto os motoristas que vão para Santo André como os que seguem para Ribeirão Pires poderão trafegar direto pela avenida Capitão João. Para se dirigir à região central de Mauá, o acesso será pela rua São Silvestre.
O anúncio da reta final da obra deu uma injeção de ânimo aos comerciantes que alegaram ter sofrido queda no faturamento depois que a avenida foi interditada. Entretanto, é unânime entre eles que a antiga passarela tem de ser desativada para que os negócios voltem a prosperar. “Só assim os pedestres serão obrigados a passar pelo calçadão e a gente vai voltar a vender”, disse o comerciante Erasmo Gomes.
A Prefeitura não sabe quando vai desativar a passarela e que destino dará a ela. “Ainda estamos estudando. O que já está definido é que as escadas rolantes serão inutilizadas”. A secretária aposta que mesmo com a passarela ativada o público vai preferir o calçadão. “O calçadão e a passagem do boulevard serão novidade.” Na tarde deste sábado, antes mesmo da liberação da pista, o movimento de pedestres no trecho que se tornará calçadão já estava maior.
A nova passagem, que ligará o calçadão da Capitão João ao boulevard já começou a ser construída e, segundo a secretária, deve ser entregue à população em dezembro, junto com a nova rodoviária e a praça 22 de Novembro. No mês que vem, a Prefeitura dá início às obras de construção da biblioteca pública – a última fase do pacote de obras viárias orçado em R$ 15 milhões.
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