Em que pese a melhoria na transparência das contas públicas nas últimas décadas, a análise destas informações requer alguns parâmetros para uma leitura qualitativa. Em tese, o detalhamento das contas governamentais possibilita observar sua dimensão na economia e as prioridades na alocação dos recursos oficiais, o que se correlaciona positivamente com as prioridades de ação das políticas públicas. Sobe este tema, o primeiro destaque que faço é a [Leia mais]
O PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre deste ano foi divulgado em 1º de junho com resultado melhor do que o esperado tanto pelo governo como por analistas do mercado. Diante do último trimestre de 2022, o crescimento foi de 1,9%. Em geral, o primeiro trimestre do ano tende a ter comportamento mais tímido frente ao trimestre imediatamente anterior. Na comparação com os resultados observados no primeiro trimestre de 2022, a expansão [Leia mais]
Uma das estratégias no campo econômico defendidas pelo governo é estimular a indústria no País. O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), economista Aloísio Mercadante, é uma das principias vozes da equipe do governo a defender esta frente e colocá-la como uma das principais prioridades do BNDES. A proposta anunciada semana passada de incentivo ao setor automobilístico até pode ser interpretada como ação de estímulo [Leia mais]
Foi entregue na última semana a proposta do novo projeto do arcabouço fiscal, uma alternativa à atual regra fiscal vigente no País, que regula todos os gastos do governo federal. A atual regra de teto de gastos que temos desde 2016, enviada pelo ex-presidente Michel Temer, estabelece limite nos gastos do governo federal para os próximos 20 anos a partir de 2017, tendo como base o orçamento do governo de 2016. Dessa forma, a Emenda Constitucional [Leia mais]
A tradicional revista inglesa The Economist debateu a recente trajetória fiscal de diversos países ao redor do mundo. No contexto pós-crise de 2008, ampliaram-se os clamores pela postura ativa dos Estados, contrariamente aos dogmas liberais. As demandas se ampliaram no sentido de fomentar a dinâmica da economia e amenizar os impactos sociais da recessão. Esta postura deteriorou os resultados do orçamento público e ampliou a elevação da dívida [Leia mais]
Em meio à trajetória de retomada nos anos recentes, um dos temas em voga na economia mundial são as estratégias de fomento à retomada da economia dos países após o impacto da desaceleração no pandêmico 2020. Parece inevitável a reorganização produtiva da economia mundial como uma das heranças da Covid-19. Entre as tendências, observa-se a retomada da importância da política industrial, cujos esforços mais intensos têm sido realizados pelos países [Leia mais]
Em meio à trajetória de retomada nos anos recentes, um dos temas em voga na economia mundial são as estratégias de fomento à retomada da economia dos países após o impacto da desaceleração no pandêmico 2020. Parece inevitável a reorganização produtiva da economia mundial como uma das heranças da Covid-19. Entre as tendências, observa-se a retomada da importância da política industrial, cujos esforços mais intensos têm sido realizados pelos países [Leia mais]
A dinâmica da economia é fruto das interações sociais entre agentes econômicos e guarda dentro destas interações importantes correlações, bem como certa complexidade. Entre os principais temas debatidos na agenda econômica brasileira na atualidade estão a reforma tributária, o fomento à reindustrialização, o fortalecimento dos mecanismos de redistribuição de renda e a reestruturação da política habitacional. Alguns foram tema desta coluna. [Leia mais]
Um dos temas econômicos de maior relevância da última semana foi a apresentação dos novos parâmetros para gestão das finanças públicas pelo governo federal. O novo arcabouço fiscal, como ficou conhecido, deverá substituir a regra do teto de gasto. O tema relacionado a finanças públicas é espinhoso, pois, ao mesmo tempo em que lida com a gestão dos recursos públicos, envolve parâmetros técnicos que precisam ser obedecidos, entre outros fatores para [Leia mais]
O atual governo elegeu a reforma tributária como uma das prioridades no campo econômico. O tema não é novo. Me arrisco a dizer que está presente desde o ano seguinte à última grande alteração no sistema tributário nacional, que ocorreu em 1988. A questão tributária é uma das mais complexas no debate econômico, dado seus múltiplos impactos sobre a dinâmica da sociedade. O tema por si só é desgastante aos políticos, pois todos demandamos bons [Leia mais]
Passou a valer em 15 de março último o novo teto de juros para novos contratos de crédito consignado aos beneficiários do INSS. O Conselho Nacional de Previdência Social decidiu reduzir o teto de 2,14% ao mês para 1,70% a.m. Esta mudança representa alteração da taxa anual de cerca de 28% ao ano para 22% ao ano. Entretanto, parece que o objetivo que se buscava ao reduzir o teto da taxa de juros, ao menos nos primeiros dias de sua vigência, não será [Leia mais]
Na última semana o Ministério da Educação anunciou que oficializará um grupo de trabalho para reavaliar a reforma do ensino médio. O objetivo é corrigir algumas alterações promovidas na estrutura dessa modalidade e propor um novo desenho. A iniciativa decorre do protesto de mais de uma centena de entidades solicitando a revogação da reforma realizada no ensino médio. Aprovada em 2017 com prazo de dois anos para adaptação das escolas e sua [Leia mais]
Na última semana o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o PIB brasileiro cresceu 2,9% em 2022. Embora seja maior que a média observada nas quatro décadas encerradas em 2019, como visto na coluna da semana passada, é possível elencar alguns elementos positivos em torno deste desempenho, mas também elementos preocupantes. Nos debates econômicos dizemos que, diante de um copo com água pela metade, podemos enxergá-lo [Leia mais]
A taxa média de crescimento da economia brasileira nos últimos 40 anos foi de apenas 2,35% ao ano, acumulando pouco mais de 153% no período (1979-2019) anterior à pandemia de Covid-19. Nas quatro décadas anteriores, entre 1939 e 1979, a economia brasileira expandiu à taxa anual média de 6,75%, acumulando crescimento de mais de 1.200%. Embora sejam períodos históricos diferentes, com características próprias do processo de formação econômica, a dispersão [Leia mais]
Voltando ao tema da inflação discutido na coluna da semana passada, a inflação oficial do Brasil encerrou 2022 com variação acumulada de 5,79% -- quase metade da registrada em 2021, que foi de 10,06%. Apesar da queda, não podemos nos acomodar e considerar como condição satisfatória a variação média de preços próximo a 6%. Dos grupos de consumo que compõem o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o grupo de Alimentos e Bebidas foi o que mais [Leia mais]
Na última semana o Executivo federal criticou a decisão do Copom (Conselho de Política Monetária) de manter a taxa básica de juros nominal em 13,75% a.a. em um cenário de expectativa inflacionária abaixo de 6% para 2023. Esta combinação coloca a remuneração real da taxa básica, descontando a inflação projetada da taxa nominal, entre as maiores do mundo. Quiçá a maior. O leitor deve estar se perguntando por que a taxa básica de juros é elevada no [Leia mais]
Início de ano sempre renova as expectativas. É o momento em que realizamos novos planos e promessas, resgatamos os antigos que não frutificaram, reafirmamos compromissos. Em geral, há um crescimento exponencial das expectativas positivas. Afinal, ninguém deseja dar passos para trás. No campo da economia, o desejo é que também consigamos trilhar um caminho que melhore a qualidade de vida dos brasileiros. Contudo, como em qualquer esfera da vida, na [Leia mais]
Entre os principais temas discutidos no campo econômico na última semana estiveram o teto de gastos e a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da transição. A origem está no caráter estrutural do orçamento público brasileiro, especialmente no que tange ao seu engessamento, que inviabiliza a operacionalização das propostas de ação do governo eleito. O teto de gastos surgiu no Brasil no meio da recessão do biênio 2015/2016. Um dos grandes [Leia mais]
Os dados divulgados pelo IBGE na primeira semana de dezembro apontam crescimento econômico de 3% nos 12 meses encerrados em setembro. Isso reforça a expectativa de que a economia brasileira deva fechar 2022 com expansão também próxima a 3%, a depender do desempenho do último trimestre. A projeção do próprio Ministério da Economia é de um crescimento de 2,7% em 2022, convergindo para a projeção do FMI de 2,8% para o Brasil. Como era esperado, a [Leia mais]
Qualquer breve comparação do contexto econômico brasileiro no período pré-natalino dos últimos anos faz supor que o ritmo do comércio varejista neste final de 2022 esteja mais intenso. Especialmente se observarmos que o nível de desemprego está menor. Contudo,não é o que mostra a PesquisaMensal do Comércio realizada pelo IBGE. Após apresentar média de crescimento econômico de 0,28% no biênio 2020/2021, a expectativa é que a taxa neste ano supere [Leia mais]
Um dos grandes temas atuais relacionados à indústria e seu futuro refere-se à transição da força motriz dos automóveis para motores elétricos, ou híbridos. Esta questão envolve a discussão e as mudanças necessárias na estrutura da cadeia de produção, suas inter-relações, processos produtivos e desenvolvimento de competências tecnológicas. O País e o Grande ABC se inserem nesta questão em torno das mudanças que deverão ocorrer na indústria [Leia mais]
A eleição de 30 de outubro último trouxe alguns pontos que a diferenciam. A 9ª eleição direta após a redemocratização foi marcada pela vitória mais apertada de todas, com diferença de menos de 1,8 ponto percentual dos votos válidos. Em meio à forte polarização, de um lado, pela primeira vez, a eleição presidencial trouxe a terceira vitória ao mesmo candidato. De outro, desde que foi aprovada a possibilidade de reeleição ao chefe do Executivo, em [Leia mais]
Os anos recentes têm nos ensinado alguns elementos importantes sobre economia. A partir destes também poderemos desvendar alguns dos desafios a serem enfrentado pela equipe de governo. A primeira observação diz respeito ao crescimento econômico. Na última década, mesmo antes da pandemia, o mundo, assim como o Brasil, já apresentava uma redução no ritmo de crescimento econômico. Movimento agravado com a emergência da pandemia. A redução do ritmo de [Leia mais]
Pelo terceiro mês consecutivo, o Brasil apresentou deflação. Em setembro o resultado foi de - 0,29%, conforme mostra o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor ) apurado pelo IBGE, acumulando alta de 4,09% ao longo de 2022 e de 7,17% nos últimos 12 meses encerrados em setembro. Primeiramente, o que é deflação? Como o cálculo de qualquer índice de inflação é uma variação média dos preços de um grupo de produtos, a deflação ocorre quando a variação média [Leia mais]
O próximo governo eleito terá o desafio de encaminhar a economia para um modelo sustentável produtiva, social e ambientalmente. A questão distributiva é um dos pontos críticos do modelo capitalista, estando presente inclusive em países ricos. Agravada nos ciclos recessivos, como nos últimos anos, esta é um dos principais desafios à política pública. Para amenizar seus efeitos e impactos sociais, dois caminhos são fundamentais. Adotar mecanismos [Leia mais]