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Sto.André inicia a transformação do PA para UPA na Vila Luzita

Obras começaram ontem e devem durar oito meses; investimento será de R$ 5 mi

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
01/10/2019 | 07:00
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André Henriques/DGABC


A Prefeitura de Santo André deu início ontem às obras de adaptação e revitalização que vão transformar o PA (Pronto Atendimento) da Vila Luzita em UPA (Unidade de Pronto Atendimento). O equipamento não será fechado durante as intervenções, mas os setores vermelho e amarelo serão temporariamente desativados. Pacientes que necessitarem de internação serão transferidos para outras unidades, como as UPAs Perimetral e Jardim Santo André.

A administração vai investir R$ 5 milhões nas reformas. Após a conclusão das intervenções, que devem durar oito meses, o equipamento será credenciado junto ao Ministério da Saúde para receber os recursos de custeio.

Durante a assinatura da ordem de início de obras, o prefeito Paulo Serra (PSDB) afirmou que há pelo menos dez anos havia a promessa de transformação do PA em UPA, mas que as tratativas junto ao Ministério da Saúde não haviam avançado. “Temos nessa região, proporcionalmente, o maior número de pessoas que usam o sistema público de saúde e sei que a grande maioria não acreditava que isso fosse acontecer.” 

As equipes das UPAs Perimetral e Jardim Santo André serão reforçadas para eventual aumento de demanda durantes as obras na unidade da Vila Luzita. “Vamos manter duas salas de estabilização, uma adulta e outra infantil, para os casos mais graves e que necessitarem de transferência”, disse o secretário de Saúde Marcio Chaves. 

Quando estiver pronta, a UPA deverá atender entre 21 mil e 22 mil pessoas por mês. Haverá aumento no número de profissionais (a UPA tipo 3 conta com nove médicos atuando 24 horas), de consultórios e a inclusão de atendimento odontológico de urgência. “É importante destacar que a população pode continuar procurando o PA para emergências, os atendimentos serão mantidos normalmente”, pontuou o diretor de atenção à saúde Victor Chiavegato.

CÉTICA

Dez anos de espera pelas melhorias deixaram a população cética quanto à possibilidade de ver a reforma se concretizar. A dona de casa Rita Alvez, 52 anos, reclamou do atendimento, que é sempre demorado. “A gente até entende que são muitas pessoas, mas é sempre muito difícil”, lamentou. “Só acredito vendo”, completou.

Menos pessimista, a diarista Aparecida Bello, 63, avalia que, após os oito meses de obras previstos pela Prefeitura, o serviço deverá ser melhor. “A gente reconhece o trabalho da equipe, mas a estrutura é muito ruim, o prédio, muito velho, isso precisa melhorar”, afirmou a munícipe. “Sofro de asma, então preciso de atendimento com frequência. Vai ser muito bom se a estrutura for mais adequada”, completou.

Prefeitura espera aval da União com relação à obra do Hospital do Idoso

O prefeito Paulo Serra (PSDB) reforçou que aguarda liberação do Ministério da Saúde para início das obras do Hospital do Idoso, equipamento de retaguarda que também será construído na Vila Luzita, póximo à futura UPA. A cidade deu início à construção da unidade em 2011, durante gestão do ex-prefeito Aidan Ravin (Podemos), mas as intervenções foram paralisadas em 2014. Em abril de 2018, a atual administração assinou ordem de serviço para retomada das obras, com previsão de conclusão em abril de 2019. No entanto, após temporal que atingiu a região, em novembro, a estrutura apresentou danos irreparáveis e terá de ser demolida.

O hospital foi orçado em R$ 7,5 milhões, que serão bancados pelo governo federal, com contrapartida de R$ 600 mil da Prefeitura. O Ministério da Saúde já sinalizou de forma positiva sobre a troca do terreno (a obra será próximo ao AME – Ambulatório Médico de Especialidades, na Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo), mas ainda precisa autorizar a transferência dos recursos que já foram remetidos para a cidade, cerca de R$ 1,6 milhão.




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