Depois de sair da Copa na primeira fase, Zico reuniu a imprensa, no Rio de Janeiro, para falar sobre a situação do futebol mundial, o desempenho da seleção japonesa e também arriscou alguns comentários a respeito da eliminação brasileira.

“Futebol bonito só existe em pelada e comercial”, disparou o ex-jogador, que não se assustou com a média de 2,29 gols por jogo, segunda pior média de gols da história dos mundiais. “Só quem não acompanha o futebol ficou espantado”, analisa.

O treinador viaja hoje para Europa, onde vai iniciar um novo desafio: comandar o Fenerbahçe, da Turquia. “Poucos treinadores começam como eu: em uma seleção e com a oportunidade de disputar a Copa do Mundo”, revela.

Há 20 anos, o ex-camisa 10 da seleção sentiu o gosto de perder para França, depois de ter desperdiçado uma penalidade durante o jogo que terminou nos pênaltis. Talvez por isso Zico não apontou um único culpado para saída do Brasil. “Quando o Brasil enfrentou a França, um time bem montado e experiente, sabia que se jogasse mal poderia perder. E foi o que aconteceu. Não foi a primeira, nem será a última vez”, enfatizou.

Segundo o treinador, o único fator que pesou na eliminação do Brasil foi seu amplo favoritismo antes do início do mundial. “A expectativa criada foi enorme, mas isso não foi à toa.  Mas Copa do Mundo é assim mesmo. Quando você sabe que a derrota o elimina, o lado emocional pesa e arrisca-se menos”, analisou. (Supervisão de Angelo Verotti)