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Prefeitura estuda método para demolir Edifício Di Thiene

Administração diz que iniciou processo de contratação emergencial de empresa; Justiça deu prazo de 30 dias para execução dos trabalhos

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
09/08/2019 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Um dia após receber autorização da Justiça para a demolição do Edifício Di Thiene, no bairro Fundação, a Prefeitura de São Caetano deu início ao processo de contratação emergencial da empresa responsável pelo processo. Interditado pela Defesa Civil da cidade após desabamento parcial da laje deixar oito pessoas levemente feridas e 102 famílias desabrigadas no dia 8 de junho, o prédio deverá ser posto abaixo dentro de 30 dias, conforme decisão da juíza Érika Ricci, da 1ª Vara Cível de São Caetano.

O prefeito da cidade, José Auricchio Júnior (PSDB), acredita que o prazo definitivo da demolição deverá ser definido no início da próxima semana, tendo em vista a necessidade de estudo sobre os custos e possibilidades de execução do serviço. “Temos dois tipos de demolição, a convencional, com picaretas e tudo mais, e a implosão. Mesmo sendo um processo emergencial, existe um rito, são necessárias três cotações. Mas estamos confiantes de que dê para resolver em 30 dias.” 

A decisão judicial – que atende pedido feito pela Prefeitura no dia 15 de julho – leva em conta resultado de laudos periciais que atestam “alto risco iminente de novo desabamento” do imóvel, que está em situação “tecnicamente irrecuperável”. Além de ferragens expostas e deterioradas, o edifício conta com colunas de sustentação amassadas e acúmulo de águas pluviais por falta de drenagem e escoamento, conforme relatório da Defesa Civil.

Além da demolição, a Prefeitura pretende desapropriar a área, a partir de DUP (Decreto de Utilidade Pública). Construído há pelo menos 50 anos, o Edifício Di Thiene era ocupado de forma irregular pelas famílias, sendo de responsabilidade da Sociedade Civil Imobiliária e Incorporadora São Caetano Di Thiene Ltda. 

Em paralelo, a Prefeitura tenta viabilizar junto ao governo do Estado a construção de unidades habitacionais para as 102 famílias prejudicadas. A administração apresentará duas áreas à CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) de São Paulo nos bairros Nova Gerty e São José, segundo o prefeito José Auricchio Júnior (PSDB).

Até lá, os moradores receberão auxílio financeiro emergencial durante 18 meses. A primeira parcela, no valor de R$ 800, foi paga entre quarta-feira e ontem – as demais são de R$ 400. O repasse é feito para familias com renda mensal de até cinco salários mínimos (R$ 4.990) e que não tenham outro imóvel.

Se encerra hoje, às 17h, o prazo para que as famílias retirem seus pertences do Edifício Di Thiene. Na mesma data, o abrigo no Clube da Fundação (Rua Ceará, 393), onde os prejudicados foram acolhidos, será desativado.

(Colaborou Daniel Tossato)




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