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Após ampliação, UTI pediátrica é reativada em São Caetano

Revitalização da ala no Hospital Infantil Márcia Braido objetiva reduzir taxa de mortalidade

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
02/11/2017 | 07:00
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André Henriques


 A revitalização da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pediátrica do Hospital Infantil Márcia Braido, em São Caetano, foi entregue na manhã de ontem e deve estar totalmente pronta para receber os pacientes na próxima semana. “Muito provavelmente na segunda-feira começa a receber os pacientes, só precisa terminar o treinamento dos médicos com os novos equipamentos”, disse a secretária municipal de Saúde, Regina Maura Zetone.

A ala estava fora de funcionamento desde dezembro de 2015, e a Prefeitura investiu R$ 150 mil para revitalizar e ampliar a área. Além disso, o prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) estima que outros R$ 150 mil foram aplicados na aquisição de equipamentos e mobiliários.

“O atendimento às crianças estava improvisado dentro do próprio hospital. Retomamos obra que estava parada, conseguimos fazer o término nesses dez meses, está totalmente reequipada, com equipamentos de última geração e ampliação do número de leitos, de seis para dez (sendo dois de isolamento). Ou seja, São Caetano conta com uma das melhores UTIs pediátricas do Estado”, declarou.

A entrega da UTI pediátrica é uma das estratégias da administração para reduzir o índice de mortalidade infantil, ressaltou o chefe do Executivo. O município detém, atualmente, o indicador mais alto da região, segundo levantamento da Seade (Fundação Sistema Estadual de Dados): em 2016, a taxa de morte de crianças de até 1 ano por 1.000 nascidas vivas foi de 11,9, a maior desde 2006. “Mortalidade infantil talvez seja o maior e mais importante indicador de qualidade de Saúde em uma comunidade. Chegamos a ter quatro mortes por 1.000 nascidos vivos, indicador de nível do Japão”, lembrou o prefeito. “Esta UTI é uma das ferramentas principais que vamos usar no sentido de trazer a mortalidade infantil a índices como São Caetano já teve no passado. Nossa meta é que ao fim de 2020 a gente atinja índice em torno de cinco mortes por 1.000 nascidos vivos”, completou o prefeito.

Entre as intervenções realizadas estão a renovação dos painéis de gases medicinais e a criação de central de monitoramento cardíaco, por meio de painel central na enfermagem. “Agora, o médico, de onde está, poderá enxergar todo o controle de cada um dos pacientes. Qualquer alteração estará na vista dele, sem que precise ir até o leito”, salientou Regina Maura.

O centro cirúrgico do hospital está em processo de reforma e, segundo a secretária de Saúde, a previsão de entrega é estimada entre março e abril de 2018.

 

CONSULTAS E EXAMES

A Prefeitura objetiva zerar, até o fim do ano, a fila de espera na Saúde. De acordo com a titular da Pasta da área, pelo menos 15 mil consultas e mais de 20 mil exames já foram realizados. “Ainda temos de 3.500 a 4.000 consultas para zerar a fila. Daqui para o fim do ano serão feitos alguns mutirões e a gente pretende terminar o ano zerado”, projetou. Otorrinolaringologia, cardiologia, cirurgia ginecológica, endoscopia e colonoscopia já tiveram a demanda zerada. “Zeramos oftalmologia, mas acumulou de novo, para 1.200 pessoas em espera. Então, faremos mais mutirões. Falta zerar endocrinologia (750 pacientes) e neurologia (400 pessoas)”, enumerou a secretária.

 




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