Segundo a PM, Pauta estava de folga na tarde desta terça e estava no interior da lotérica como cliente quando ocorreu o assalto. No entanto, de acordo com o que o Diário apurou, ele trabalhava como segurança do comércio quando não estava a serviço da polícia. A informação foi negada pelo tenente Roberto Moraes, do 6º Batalhão da PM, onde o soldado trabalhava.
Quatro homens roubaram da lotérica aproximadamente R$ 1,5 mil. Eles teriam fugido em um Opala, que testemunhas do crime não souberam informar se seria de cor bege ou cinza.
Às 14h30 desta terça, a quadrilha entrou no estabelecimento. Um dos assaltantes estava armado e se dirigiu diretamente para o caixa, operado pela funcionária A.S., 45 anos. Ele anunciou o assalto e ordenou que ela entregasse todo o dinheiro que estava na gaveta. Em seguida, o assaltante mandou o proprietário L.S., 49 anos, abrir o cofre. S. o obedeceu e entregou um malote contendo mais dinheiro.
De acordo com a PM, durante esse intervalo de tempo, os ladrões revistaram o soldado Pauta. Quando viram sua carteira funcional da PM, um dos bandidos ordenou que ele fosse até o estacionamento da casa lotérica.
A funcionária L.N., 22 anos, que estava escondida no banheiro do estacionamento da lotérica, teria ouvido um dos ladrões falar: “Anda, mano, anda”. Em seguida, foram efetuados dois disparos de revólver e os quatro assaltantes fugiram. O soldado foi socorrido até a unidade de saúde do bairro Demarchi, mas morreu antes de receber atendimento.
Durante a ação, alguns clientes estavam no interior da lotérica. As polícias Civil e Militar não informaram quantos eram ao todo. Funcionários e o proprietário da Lui Loterias não deram declarações à reportagem do Diário.
Segundo a Polícia Civil, esse foi o terceiro roubo no estabelecimento em dois anos. Uma outra hipótese para a motivação do assassinato seria a de que um dos bandidos teria reconhecido o soldado. Uma pistola calibre 380, pertencente ao policial, foi levada pela quadrilha. No local, a polícia apreendeu a cápsula de um projétil, provavelmente de uma pistola, e um coldre de couro deixado pelos bandidos.
O caso foi registrado como roubo e homicídio no 3º DP de São Bernardo. “Ele (Pauta) era um policial exemplar, muito querido por todos. Ele trabalhava diretamente comigo e vai deixar saudades. Vamos intensificar o patrulhamento na região para prendermos os autores desse crime bárbaro”, afirmou o tenente Moraes. O soldado trabalhava na polícia há 16 anos e tinha quatro filhos.
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