Esportes Titulo No Brasileirão
Corinthians põe fim a
jejum de sete vitórias

Time bate o Bahia por 2 a 0 em Mogi Mirim e sobe
à 9ª colocação do Brasileiro após queda vertiginosa

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
03/10/2013 | 07:00
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Da AE


O Corinthians, enfim, fez as pazes com a vitória. Jogando em Mogi Mirim, no Estádio Romildão, ontem à noite, a equipe pôs fim ao jejum de oito jogos sem vencer – sete no Brasileiro e um na Copa do Brasil – e bateu o Bahia por 2 a 0. De quebra, o ataque voltou a funcionar. Depois de passar em branco nos três últimos confrontos, Paolo Guerrero abriu caminho para o triunfo e o estreante zagueiro Cléber fez o segundo.

Com o resultado, o Timão chegou aos 34 pontos no Brasileiro e, após duas semanas de queda livre, voltou a subir e assumiu a nona colocação – sete pontos atrás do G-4. O Bahia, por sua vez, é o 13º, com 32.

Mesmo antes de a bola rolar, podia-se esperar do Corinthians um ímpeto mais ofensivo. Armado com três atacantes (Emerson Sheik, Guerrero e Alexandre Pato), o técnico Tite visivelmente planejava sufocar os baianos e encerrar a má fase. Além disso, a volta de Guilherme ao meio de campo, junto a Ralf e Danilo, deu mais consistência à marcação.

Assim, o Timão partiu para cima e, logo no primeiro minuto, acertou a trave do goleiro Marcelo Lomba em cobrança de falta de Pato. Pouco depois, após cobrança de escanteio, Guerrero desviou de calcanhar e a bola bateu na rede pelo lado de fora.

Também armado com três atacantes – William Barbio, Wallyson e Fernandão –, o Bahia tinha muita dificuldade de fazer a bola chegar ao trio ofensivo. O Corinthians, com mais posse de bola, aproveitava os erros do time visitante. E, aos 20, desencantou. Após cobrança de escanteio de Pato, Guilherme desviou no primeiro pau e Guerrero abriu o placar.

O gol deixou o time mais leve. O peso dos oito jogos sem vencer parecia ter saído das costas do Alvinegro. Tanto que, aos 27, após boa trama, Pato quase aumentou, mas parou no goleiro. Aos 30, foi Danilo quem arrematou, mas errou o alvo. Mas, aos 41, não teve jeito. Em outro escanteio, este cobrado por Emerson, o estreante zagueiro Cléber subiu e cabeceou para a rede: 2 a 0.

O jogo, no entanto, caiu muito de rendimento na segunda etapa. Nem Corinthians, tampouco o Bahia, criaram oportunidades. Os técnicos Cristóvão Borges, pelo lado tricolor, e Tite, pelo alvinegro, até tentaram mexer nas equipes a fim de dar outro rumo à partida. Em desvantagem, os baianos abdicaram dos três atacantes e decidiram reforçar a meia defensiva. Pouco depois, Obina foi lançado para tentar dar mais ímpeto ofensivo. Já os corintianos deram sangue novo ao time com Romarinho, Maldonado e Jocinei. Tudo em vão.

Apesar de algumas jogadas individuais, as zagas imperaram. Alexandre Pato era o mais perigoso pelo lado do Timão mas, com fintas por vezes excessivas, não foi além de receber faltas ou perder a bola.

Jogadores celebram com pés no chão


Alívio e comemoração corintiana na saída de campo após a vitória por 2 a 0 sobre o Bahia, ontem, em Mogi Mirim. Mas a celebração foi contida e os próprios jogadores admitiram: a equipe precisa evoluir muito para afastar de vez qualquer má fase.

“Ainda falta muita coisa, e a gente sabe disso. Pés no chão para continuar trabalhando e ter atuações como as de hoje (ontem)”, destacou o atacante Emerson Sheik. “A gente sabe que até mesmo um time que é campeão do mundo também passa por dificuldades. A lição desse jogo é a confiança que vai retomando aos poucos, foi uma partida em que a marcação e a parte tática encaixaram e, principalmente, que a bola entrou”, emendou.

Segundo o atacante, titular no lugar de Douglas – formou o trio ofensivo com Pato e Guerrero –, a forma como o treinador armou o time foi fundamental. “O Tite mudou o time, deu mais liberdade para a gente. As jogadas apareceram, os gols voltaram a sair e o caminho é esse”, disse Sheik, que recebeu o terceiro amarelo e está fora do jogo contra o Atlético-MG, domingo, em Minas.

Aliás, Tite também não terá Alexandre Pato e Paolo Guerrero, respectivamente nas seleções brasileira e peruana.
 




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