Tábuas, entulho, lixo e até um colchão velho. Este é o cenário encontrado no entorno de escolas públicas localizadas na Rua Sidnei, no bairro Taboão, em Diadema. Conforme moradores da área, o descarte irregular, feito pelos próprios vizinhos, é observado há anos.
Para que a comunidade circule no local é preciso quase que pisar em cima de itens que deveriam ocupar caçambas e lixeiras. Além disso, munícipes de residências instaladas nas proximidades já registram aumento da incidência de ratos e baratas. Embora seja de conhecimento geral que a prática é crime, não há sequer aviso sobre a proibição do descarte irregular na área.
Quem vive em frente ao problema é a oficial administrativa aposentada Edith de Lima, 60 anos. Ela conta que o aparecimento de ratos e baratas é constante, resultado do acúmulo de lixo e entulho, que existe há pelo menos cinco anos. “Não vai adiantar (colocar placa de proibição), porque as autoridades não ligam para a gente. Os vizinhos comentam também que é o pessoal da outra rua que joga lixo nas nossas portas”, diz.
Segundo Edith, o serviço de cata-bagulho da Prefeitura passou pelo bairro há cerca de uma semana, mas não recolheu tudo o que estava na calçada. “No dia seguinte (à coleta) já tem descarte. É necessário fazer trabalho de conscientização, porque não adianta colocar carro da Prefeitura para limpar e a população jogar novamente”, aponta.
Enquanto caminhava com o filho em direção à sua residência, o desempregado Marcos Antônio Alves Siqueira, 40, aproveitou para cobrar providências. “O pessoal joga mesmo, principalmente quem vem de outros bairros. Deveriam fazer alguma coisa a respeito. É ruim, porque aparecem ratos, baratas e é do lado das escolas”, relata.
A Prefeitura de Diadema não se pronunciou sobre o assunto.