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Defesa Civil é treinada para o verão
Nelson Donato
Especial para o Diário
12/11/2015 | 07:00
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Agentes da Defesa Civil de 39 municípios se reuniram na terça-feira e ontem, em São Bernardo, a fim de se preparar para a Operação Verão 2015/ 2016, que ainda não tem data de início definida. Eles serão os responsáveis por proteger a vida de 630 famílias que atualmente vivem em áreas de risco iminente na região, conforme o Consórcio Intermunicipal.

Santo André é a cidade que possui mais moradias do tipo (322), seguido de Mauá, (145), São Bernardo (63), Diadema (37), Ribeirão Pires (33) e Rio Grande da Serra possuem (30). São Caetano é a única que não tem nenhuma residência com problemas.

Segundo a Defesa Civil do Estado, o Grande ABC é uma das áreas mais vulneráveis durante o período de chuvas, por ter muitas ocupações irregulares. Há também questões geográficas, como a inclinação dos morros, que amplia riscos de deslizamentos, e o escoamento da água, que cai em pontos de maior altitude e causa inundações nos mais baixos. As invasões em áreas de encosta são agravantes. A retirada da mata nativa, a construção de moradias e a instalação de redes de esgoto clandestinas afetam a estrutura do solo, o que aumenta os riscos de escorregamento.

Durante a capacitação dos profissionais, foram abordados os problemas mais comuns da época, além das legislações para determinar estado de emergência e calamidade.

O geólogo do IG (Instituto Geológico), da Secretaria do Meio Ambiente, Jair Santoro, salientou a importância do trabalho de campo. “Podemos identificar os locais em perigo com mais facilidade, alertar as famílias e, se necessário, removê-las para abrigos”. Santoro também ressaltou que escorregamentos são uma das principais causas de mortes relacionadas a acidentes geológicos. “Em 2014 o número de pessoas que morreram neste tipo de situação só foi menor que os atingidos por raios.”

O comandante regional da Defesa Civil, capitão Vagner Martins, destacou que várias ações preventivas já foram adotadas na região. “Mapeamos locais que apresentam possibilidade de deslizamentos. Nossa maior preocupação são as enchentes. Apesar dos trabalhos que vêm sendo feitos, questões geográficas impedem resultados mais efetivos.”

O comandante destacou a importância do treinamento das equipes. “Quando percebemos que há chuva mais intensa, encaminhamos agentes para os locais previamente demarcados. Também já solicitamos aos abrigos que comecem a estocar alimentos, roupas e colchões para emergências.”

A tenente da Defesa Civil do Estado Cíntia Pereira Torres Oliveira destacou que, na região, o estado de alerta ocorre quando chove 80 milímetros durante três dias. “Encaminhamos equipes para averiguar a situação das áreas perigosas. Também utilizamos históricos e previsões meteorológicas para fazer possíveis remoções.” 




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