A queda de um balão de cerca de 30 metros de comprimento movimentou a manhã de ontem na Rua Caraguataí, na Vila Pinheirinho, em Santo André. O artefato caiu sobre as casas e houve princípio de incêndio na fiação de energia de uma delas, logo controlado pelo Corpo de Bombeiros. A Polícia Militar chegou a levar algumas pessoas para averiguação, mas ninguém ficou detido no 1º DP (Centro) da cidade, onde o caso foi registrado.
"Estava no banheiro quando escutei o barulho. Parecia tiro. Fiquei assustado", disse o funcionário público Efésio Veríssimo, 60 anos. Sua casa foi a mais atingida pelo balão, já que a bandeira do artefato caiu ainda acessa sobre o imóvel. "Quando vi não pensei duas vezes, peguei a mangueira e comecei a jogar água. Aí reparei que estavam pulando o muro para tentar pegar o que sobrou."
Segundo a Polícia Militar, o balão foi solto na Zona Norte da Capital, por volta das 8h, e caiu após sobrevoar por cerca de 30 minutos a Grande São Paulo. Homens pilotando uma moto seguiram o artefato desde o trecho de São Caetano da Avenida dos Estados. Ao notarem a chegada das viaturas, saíram correndo. Na avaliação das autoridades, só não aconteceu um desastre pelo fato de a tocha já estar apagada.
"Isso é coisa de vagabundo que não tem o que fazer e não respeita o espaço dos outros. Pularam na casa do vizinho, fizeram barulho. Acordamos e, quando vimos as viaturas, achamos que era algo grave", criticou a professora Júlia Mracina, 24.
Soltar balão é crime previsto no Código Penal, com pena de um a três anos de detenção ou multa. A energia elétrica do bairro chegou a ser cortada temporariamente por motivos de segurança, mas foi ligada pouco tempo depois, quando os trabalhos da polícia foram concluídos.
A movimentação dos baloeiros para buscar o artefato chegou a ser transmitida ao vivo por uma emissora de televisão.
O balão foi apreendido e levado ao 1º DP (Centro) da cidade. Um carimbo e outros detalhes ajudarão a polícia a identificar o grupo responsável por lançá-lo ao ar.
"A polícia tem que responsáveis e puni-los por esse crime. Eles pularam o muro da minha casa, isso é invasão de propriedade. Detesto esse negócio de balão. Se acontece algo mais grave, eu poderia nem estar mais aqui", reclamou Veríssimo.
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