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USCS repensa PPP para ampliação
Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
07/03/2017 | 07:00
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Divulgação/Ana Paula Lazart


Prevista para ser assinada neste mês, a PPP (Parceria Público-Privada) que prevê ampliação do campus Barcelona da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) está sendo reavaliada pela instituição de Ensino Superior. A expectativa era a de que o edital de chamamento das empresas interessadas na proposta de construção de prédio na Avenida Goiás, 3.400, com readequações nos edifícios já existentes, além da criação de 875 vagas de estacionamento, fosse lançado em outubro do ano passado, ação reprogramada para ocorrer no prazo de até dois meses.

Este é um dos temas prioritários sob os cuidados do reitor Marcos Sidnei Bassi, reempossado na noite de ontem para mandato de mais quatro anos à frente da instituição de Ensino Superior. Conforme o professor doutor em Ciência Sociais, a situação do País foi determinante para que o projeto ousado e que demandaria investimento de R$ 40 milhões fosse repensado. “Estamos redefinindo os parâmetros do novo prédio, que deverá ser 30% a 35% menor do que o pensado inicialmente (com 6.500 m²)”. Embora haja certeza de que o custo da PPP ficará menor, ainda não é possível especificar o valor, segundo Bassi.

A projeção de crescimento do número de alunos, mote principal do projeto de ampliação do campus mais antigo da USCS – com 48 anos –, também deverá sofrer impacto. Apesar de a instituição ter iniciado 2017 com número considerado alto de estudantes matriculados (são 8.073), a expectativa de alcançar a marca de 12 mil a 14 mil ficou um pouco mais distante. “Talvez a gente leve mais do que quatro anos para chegar a este número”, considera Bassi.

Além das intervenções, a empresa escolhida ficará responsável pela manutenção e pela parte operacional dos prédios dos dois campi. Inicialmente estão previstas a demolição de três blocos – D, E e F, além de readequação de três prédios – A, B e C –, para que fiquem com estrutura semelhante à da nova edificação. Para essas intervenções, a empresa escolhida tem 30 meses para concluir os trabalhos.

QUALIDADE E GESTÃO

Bassi observa ainda que após a inserção da instituição de ensino no Grande ABC, expansão para a Capital e abertura de cursos como Medicina, oferecido em parceria com o Hospital Sírio-Libanês, o foco passa a ser aprimorar a qualidade do ensino ofertado e dos serviços prestados à comunidade. Atualmente, a instituição detém conceito 3 no IGC (Índice Geral de Cursos), em escala que vai de 1 a 5. Embora satisfatório perante o MEC (Ministério da Educação), o índice –, que leva em conta a média das notas dos cursos de graduação e pós-graduação em três anos de análise – pode ser melhorado, na visão do reitor.

“Temos de referenciar esse conceito, por isso, estamos discutindo o tema junto à comunidade. Também faço questão de que a gente melhore índices, como é o caso do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), além de avaliar o grau de recomendação da universidade por parte dos alunos”, comenta.

Outro ponto considerado necessário é repensar o modelo de gestão da universidade, que atualmente é autarquia de regime especial. “O ideal é que a gente pende em um modelo jurídico mais flexível, talvez o de empresa pública, que não precise seguir todas as determinações da Lei 8.666/93 (institui normas para licitações e contratos da administração pública) e consiga dar mais agilidade a processos de compras, por exemplo”, diz.

Projeto piloto usa celular em sala de aula

O uso da tecnologia como aliada no processo de ensino-aprendizagem motiva parceria para projeto piloto iniciado em agosto de 2016 entre a USCS (Universidade Municipal de São Caetano), duas universidades e três empresas privadas da Finlândia. Desde ontem estão sendo realizados testes com o objetivo de adequar conteúdos educacionais a aplicativos ofertados em smathphones.

A ação envolve 200 alunos com idade entre 14 e 23 anos, o correspondente ao segundo ciclo do Ensino Fundamental até o Ensino Superior, além de dez professores, de quatro instituições de ensino: a EME (Escola Municipal de Ensino) Alcina Dantas Feijão e a USCS em São Caetano, além da FSA (Fundação Santo André), em Santo André, e a EE Professora Brisabella de Almeida Nobre, na Vila Califórnia, na Capital.

“Hoje estamos testando conteúdos de Matemática, Inglês e Programação de Computadores na linguagem Java. Temos vários desafios como, por exemplo, descobrir a melhor abordagem metodológica e como essa tecnologia pode ser aproveitada para potencializar a Educação”, explica o professor dos cursos de mestrado profissional de Comunicação e Educação da USCS e coordenador do projeto, Elias Estevão Goulart.

A princípio, a ação não demanda custos, conforme o professor. “Estamos buscando financiamentos junto a agências para o futuro. Trata-se de projeto inovador com potencial de geração de patentes tanto para a gente quanto para a Finlândia, que tem o sistema de ensino considerado melhor do mundo”, observa Goulart.




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