Uma casa localizada na rua Martins Fontes, bairro Jordanópolis, em São Bernardo, foi invadida por uma dupla de ladrões, às 10h30 de quinta-feira. Um vizinho percebeu a ação, acionou a PM e policiais prendeu um suspeito. Foi o quinto crime grave ocorrido este ano no bairro, que desde 1999 possui uma Base Comunitária de Segurança da PM, na rua São Paulo, a 50 m da casa invadida. Os moradores das imediações reclamam que a base não está conseguindo inibir a ação dos criminosos e que os delitos, especialmente roubos a residências, aumentaram nos últimos três meses.

De acordo com vizinhos, os ladrões que agiram quinta-feira chegaram até o local em um Palio verde. A residência pertence a um casal formado por um engenheiro e uma advogada. No horário do crime, não havia ninguém no local, pois ambos estavam trabalhando. Um vizinho do casal viu que, com um alicate, os ladrões arrombaram o portão e, logo depois, com uma chave de fenda, abriram a porta principal.

Os assaltantes passaram a vasculhar toda a casa, em busca de objetos valiosos. Colocaram diversos objetos na sala, perto da garagem, e tinham o objetivo de guardá-los dentro do Palio verde. No entanto, no meio da ação, foram surpreendidos com a chegada da polícia.

Um vizinho da residência telefonou para o 190 e policiais da Força Tática do 6º Batalhão foram para o local. Um dos ladrões conseguiu fugir com o Palio. Segundo a polícia, Charles Nascimento, 27 anos, tentou fugir pelo telhado, mas foi detido na rua de trás da residência. Ele possui dez passagens criminais, incluindo diversos furtos e roubos. Nascimento e seu comparsa são do Jardim Miriam, zona Sul da capital.

Com Nascimento, os policiais encontraram uma pistola de brinquedo calibre 380 e uma máquina fotográfica digital pertencente ao casal. O engenheiro e a advogada deram falta de um anel de brilhantes e de uma carteira, objetos que devem ter sido levados pelo ladrão que fugiu.

Com a ocorrência de mais esse crime, os moradores de Jordanópolis ficaram indignados com a falta de segurança do bairro, especialmente por contar com uma Base Comunitária de Segurança, instalada na rua São Paulo desde 1999.

“Acho que essa base não está servindo para nada. Os crimes estão ocorrendo como se a PM não estivesse por aqui. É preciso que os policiais se empenhem mais em nos dar proteção”, afirmou o aposentado R.D., 60 anos, que mora há 31 anos no local.

“Crimes graves estão acontecendo bem na cara dos policiais. Anos atrás, reivindicamos a instalação da base e conseguimos. Mas ela não está garantindo nosso sossego. Acho que ficam muitos policiais parados na base, ao invés de fazerem patrulhamentos. Pagamos os impostos e não temos retorno do Estado”, disse uma secretária, que preferiu não se identificar.

O comando da PM no Grande ABC informou que quem responderia pela questão do Jordanópolis seriam os comandantes do 6º Batalhão, o major Antônio Carlos de Souza, comandante do destacamento, e o subcomandante, major Osni Nunes. A reportagem contatou o major Nunes, que foi informado sobre as reclamações dos moradores e disse que daria respostas. No entanto, o major não respondeu nem foi encontrado, posteriormente, no batalhão.