Crianças, adultos e idoso participaram ontem do Passeio Ciclístico de Santo André, em comemoração ao aniversário da cidade, que completou 457 anos no dia 8. O evento atraiu cerca de 500 amantes de bicicletas. "Incentivo a prática para meu filho", contou Sérgio Souza, 36 anos, pai de Caio, 3.

Devidamente paramentados, os ciclistas saíram do Paço Municipal às 10h e passaram por avenidas e ruas da cidade até voltarem ao Paço na hora do almoço. Lá participaram de sorteios de bicicletas.

O evento destacou os benefícios de andar de bike. "É um veículo barato que não polui. Todos deveriam levar em consideração esta alternativa", disse Carlos da Costa, gerente de difusão de Lazer de Santo André.

O participantes também falaram sobre os perigos do trânsito. "O maior problema são os maus motoristas, que acham que são os donos da rua. Muita gente morre por isso. Fez um ano que perdemos a Márcia (ela foi atropelada na Avenida Paulista)", desabafou José Salsa, 70, ciclista há 15. Ele anda 50 quilômetros aos domingos com o mesmo grupo da amiga Márcia.

O prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), também esteve no passeio e comentou o assunto. "Para dar mais segurança serão construidas ciclovias. Vamos mudar a mão de algumas vias, além de colocar farol monitorado", anunciou.

‘MAGRELA' PARA TODOS - O motorista Acássio Melo, 32, de Mauá, gastou R$ 2.500 e quatro anos para deixar a bicicleta do jeito que queria. Ela é rebaixada e com metais retorcidos. O mesmo fez o pintor Bertonilo Souza, 29, de Santo André. "Gastei R$ 1.000 só com som. É minha balada ambulante."

Já tem gente que prefere exaltar o passado e compra bicicletas antigas. "Ensinei meu filho a andar e tomei gosto de novo", contou Sérgio Antonelli, 41, que tem um modelo de 1979. José Rubens Ferraresi, 60, também quis aliar a saúde à nostalgia com a bike de 1982. "A paixão começou quando trabalhava em uma bicicletaria. Foi bom voltar a andar."