Reunião entre os chefes dos Executivos contou com a presença do prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes
Seis das sete cidades da região decidiram, ontem, em assembleia realizada no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, prorrogar as restrições de horário e ocupação do comércio até 30 de setembro – as regras valiam até o dia 15. Assim, os estabelecimentos podem funcionar com 80% da capacidade e das 6h a meia-noite. São Bernardo foi ainda mais rigorosa e, na cidade, a ocupação não pode passar de 60%, com horário das atividades das 6h às 22h, com tolerância até 23h. A exceção no Grande ABC é São Caetano, única cidade que não enviou representante para a reunião, e que tirou todas as restrições de funcionamento do comércio em 17 de agosto.
A reunião entre os chefes dos Executivos e representantes municipais no Consórcio contou com a presença do prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) – leia mais na página 3 do caderno de Política.
Presidente do Consórcio e prefeito de Santo André, Paulo Serra não escondeu o descontentamento com a postura de São Caetano, mas disse que respeita a decisão tomada de forma individualizada pelo município. “Sempre respeitamos as particularidades de cada cidade, nem sempre é possível ter uma decisão conjunta, mas, com exceção de São Caetano, as restrições seguem até fim do mês”, comentou o tucano.
VACINAÇÃO
Durante a assembleia, Ricardo Nunes compartilhou com os prefeitos o problema da falta de doses da Astrazeneca vivido pela Capital. De acordo com o chefe do Executivo, a cidade de São Paulo precisa de cerca de 200 mil fármacos para dar conta de vacinar os moradores que estão com a segunda dose atrasada e na segunda-feira serão necessárias mais 140 frações. Ontem, 95% das unidades de saúde de São Paulo não tinham mais doses do imunizante produzido no Brasil pela Fiocruz.
O Diário mostrou ontem que o governo do Estado cobra do Ministério da Saúde lote com 1 milhão de doses da Astrazeneca que deveria ter chegado até o dia 4. A pasta federal argumenta que as entregas estão em dia e que a escassez acontece porque São Paulo utilizou fármacos que deveriam estar separados para o complemento vacinal como primeira dose. A previsão da prefeitura da Capital é que novos lotes sejam enviados a partir de segunda-feira.
Na região, os prefeitos reafirmaram que, por enquanto, ainda possuem estoque da Astrazeneca, mas a situação vai ficar complicada a partir da próxima semana.
“Precisamos receber lotes até o dia 15 (quarta-feira) quando se inicia a aplicação da segunda dose em um grupo grande de pessoas, Vamos aguardar a definição do Ministério da Saúde quanto ao envio das doses. Por enquanto não vejo motivo para preocupação ”, comentou Paulo Serra.
Ontem, o governo do Estado informou que vai autorizar a partir da próxima semana que os municípios utilizem a vacina da Pfizer para completar o esquema vacinal de quem tomou a Astrazeneca, em caso de falta do fármado da Fiocruz.
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