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A indústria química e petroquímica brasileira deverá fechar o ano com um recorde histórico em exportações. A previsão da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química) é de que o setor totalizará US$ 9 bilhões em vendas ao exterior, ou seja, 20% a mais em relação ao ano anterior.
Um dos principais impulsos para o segmento atingir essa marca virá de itens produzidos no Pólo Petroquímico de Capuava: as resinas termoplásticas (matérias-primas para a fabricação de peças e embalagens de plástico) – fabricadas pela Suzano Petroquímica, Polietilenos União e Solvay – e também petroquímicos básicos – produzidos pela Petroquímica União.
Essas atividades têm ajudado a indústria a se destacar neste ano. De janeiro a outubro, de acordo com os dados mais recentes da associação, as encomendas aos mercados internacionais do segmento já apontaram uma evolução significativa: uma alta de 18,6% em comparação com igual período do ano passado, com o total de US$ 7,2 bilhões. Nos dez primeiros meses do ano, as importações também cresceram, mas em ritmo menor. Alcançaram US$ 14,2 bilhões, que significaram crescimento de 12,2%.
O saldo da balança comercial (exportações menos importações) no ano todo ainda será negativo mas deve mostrar uma estabilização em comparação com 2005. Isso porque para o fechamento do ano, as aquisições de produtos de outros países devem totalizar US$ 17 bilhões. Com isso, haverá um déficit de US$ 8 bilhões, contra US$ 7,9 bilhões no ano passado.
Cotações – “Os números são bons, porque significa que o crescimento das exportações ajudou a compensar o que importamos a mais”, disse o gerente de comércio exterior da Abiquim, Renato Endres. Ele destaca que as vendas externas tiveram aquecimento em função de diversos fatores.
Por um lado, houve uma falta de demanda interna, ou seja, o movimento de compra dos produtores de embalagens, ao contrário do que se esperava, foi fraco entre setembro e outubro, meses normalmente fortes, devido à preparação da indústria para alimentar os estoques do varejo para o Natal. E houve recuperação nos preços internacionais de resinas no segundo semestre, por exemplo, que estimulou os negócios com clientes em outros países. Ao mesmo tempo, houve um recuo nas cotações da nafta (principal insumo do setor), que colaborou para melhorar as margens de lucro das companhias.
O segmento poderia ter tido impulso maior ainda nas exportações se não fosse o câmbio, que impediu uma rentabilidade mais forte. Mesmo assim, devido à melhora na cotações no exterior, o preço médio por tonelada dos itens exportados, cresceu 6,5% de janeiro a outubro ante igual período do ano passado, quase o dobro da variação observada no produto importado (alta de 3,5%).
Isso porque em volume, foram exportadas pelo país 7,8 milhões de toneladas em produtos químicos, um aumento de 11,6% na comparação com igual período de 2005. Ao mesmo tempo, houve alta de 8,4% no volume de importações, que alcançou 17,7 milhões de toneladas.
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