Cerca de 80 ciclistas se reuniram na manhã de ontem nas proximidades do Paço Municipal de São Bernardo para protestar por mais segurança no trânsito. A intenção foi chamar atenção das autoridades para o alto número de vítimas de atropelamentos.
O grupo percorreu cerca de 20 quilômetros. Os manifestantes saíram do Paço Municipal, entraram na Avenida Senador Vergueiro, passaram pelas ruas do Rudge Ramos, pegaram a Via Anchieta e, na sequência, trafegaram pelos bairros paulistanos Sacomã e Vila Mariana, até chegarem na Avenida Paulista. O encerramento foi em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo).
Para o técnico em eletrônica e organizador do evento, Sérgio Coelho, 50 anos, o principal a ser feito é a mudança da lei. “É preciso ter mais rigor diante das pessoas que cometem algum tipo de imprudência no trânsito. Em seguida tem a questão dos processos judiciais e, consequentemente, das indenizações às famílias das vítimas. Essas medidas, sendo mais severas, servirão para que o motorista coloque o pé no freio, literalmente.”
O ajudante geral Adriano Souza, 20, de Diadema, participou do ato. Ele, que treina há quatro anos, acredita que a melhoria da sinalização ajudaria muito. “Além de placas, é imprescindível que a bike esteja toda equipada e sinalizada. Isso ajuda os motoristas a visualizarem o ciclista.”
Na opinião dele, também é preciso haver reforço na segurança. “Há muitos assaltos. Quem participa de competições geralmente possui uma bicicleta profissional, que custa em torno de R$ 10 mil. Por isso, eu optei por fazer um seguro. Meu custo é de R$ 300 ao ano. Além disso, tenho um aplicativo que ajuda a localizar a bike no caso de furto ou roubo.”
Em janeiro, 300 ciclistas se reuniram em São Caetano com o mesmo objetivo. Eles também homenagearam o jornalista Leone Farias, repórter do Diário que morreu no dia 8 de janeiro após ser atropelado por um caminhão na Avenida Goiás, na mesma cidade. Ele guiava uma bicicleta no momento do acidente.
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