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Pedreiro matou Emile, diz polícia
Gabriel Batista
Do Diário do Grande ABC
21/10/2004 | 09:06
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A polícia apontou nesta quarta ao Diário o ajudante de pedreiro Claudiomar Carvalho Alves, 30 anos, o baiano, como o acusado de assassinar Emile Perez de Souza, 10 anos, em Rio Grande da Serra. Ele teria dado três facadas na menina - duas no peito e uma no pescoço -, enquanto um outro comparsa, ainda não revelado, a segurava dentro do quarto do casebre abandonado que serviu de cativeiro do seqüestro, na estrada de terra Manacá, no Sítio São Francisco, em uma área afastada da cidade. "Ninguém quer assumir que ajudou na execução da menina porque esperam que assim terão a pena reduzida. Um empurra para o outro", disse um policial civil que não quis se identificar.

Alves nega à polícia ter participado do crime. Mas todos os outros seis suspeitos confessos de participar do crime o indicam como o autor do assassinato. Além do ajudante, o lavrador aposentado Mário Antônio de Godoy, 40 anos, também não afirmou estar envolvido no seqüestro. Godoy foi quem encontrou o corpo de Emile quatro dias após seu desaparecimento. Ele alega ter sido guiado por Deus até o barranco à beira da estrada da Caracu onde o corpo da menina foi jogado - a 2,5 km do cativeiro e a 1,5 km de casa - na manhã da quinta-feira, dia 7.

Nesta quarta, a polícia passou o dia procurando a arma usada no crime, que teria sido jogada em um determinado ponto da mata. Mais de 20 policiais participaram da varredura, mas não a encontraram. A polícia promete falar nesta quinta sobre os detalhes do seqüestro em uma coletiva para a imprensa.

Emile desapareceu no domingo do primeiro turno das eleições municipais. Ela estava com o pai, o candidato derrotado a vice-prefeito Nilson Gonçalves de Souza, 40 anos, fazendo boca-de-urna na porta de uma escola. Segundo o pai, a menina entrou na escola para beber água e sumiu.

Moradores disseram à polícia que viram Emile caminhar com a dona de casa Maria Aparecida Salviano de Oliveira, 52. Ela mora no mesmo terreno, mas em casa diferente, que Alves, o ajudante que teria matado Emile. Alves dividia a casa com o encanador Rodrigo Monteiro Ferreira, 25, também detido.

Ferreira trabalha com tubos hidráulicos. Uma evidência de sua participação é que o saco que envolvia a parte superior do corpo da menina é usado como embalagem do mesmo tipo de tubos. Além deles, estão presos o filho de Aparecida, Fernando Salviano de Oliveira, 26 anos, o "guarda" contratado para cuidar do cativeiro, Júlio César Santos Silva, 19 anos, o proprietário do Fusca usado para transportar a vítima, Luciano Cardoso, 25, e um menor.




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