A seleção espanhola é famosa pelo meio-campo envolvente a partir das jogadas de Xavi e Iniesta, mas quem vem chamando a atenção na disputa da Copa das Confederações é a dupla de zaga formada por Piqué e Sergio Ramos. Os dois foram bem em suas cobranças de pênaltis diante da Itália, na semifinal de anteontem, e agora terão a missão de parar o ataque brasileiro com Neymar, Fred e Hulk na final de amanhã, no Maracanã. 

“Com certeza será uma partida histórica não só no nível pessoal, mas também como seleção. Para quem gosta de futebol, vai ser o jogo mais esperado, um espetáculo, e deve causar alegrias para todas as pessoas. É um privilégio participar desta disputa”, afirmou Sergio Ramos, do Real Madrid, que na primeira fase do torneio da Fifa foi eleito o jogador com o melhor índice técnico. 

Ao contrário do que muitos imaginam, ele não está olhando para a decisão com o Brasil com algum receio por jogar diante da torcida adversária. Sergio Ramos lembra, aliás, que em todos os jogos da competição a Espanha ouviu vaias das arquibancadas. “O ambiente no estádio é normal, com gente que canta contra uma seleção favorita como a nossa. Se a Copa fosse disputada na Espanha, os espanhóis cantariam contra o Brasil ou algo parecido. Quando o jogador entra em campo, só quer saber da partida. Gosto desse ambiente no estádio”, avisou o zagueiro. 

Tanto Sergio Ramos quanto Piqué vão tentar anular o poder ofensivo do Brasil. Mas, por enquanto, os dois só querem saber de descansar, depois da partida contra a Itália, no calor de Fortaleza, que terminou em disputa de pênaltis após 120 minutos. “O desgaste físico foi muito grande e a prorrogação aumentou ainda mais o esforço dos jogadores. Precisamos descansar e nos preparar da melhor maneira. Conhecemos bem os jogadores do Brasil e temos que tomar muito cuidado. Não podemos dar espaço”, disse Sérgio Ramos.