A 15ª Mostra do Audiovisual Paulista cresceu e mudou. Esta edição exibirá 294 vídeos entre ficção, programas de TV, animação etc, em vários formatos, linguagens e tempo de duração no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, de 25 a 30 deste mês, com entrada franca. O Grande ABC tem seis trabalhos e Amor Só de Mãe, do andreense Dennison Ramalho, está na abertura.

A Mostra oferece um apanhado de toda a produção em São Paulo, ficção, autoral, vinhetas, videoreleases etc e até programas para TV. “A Mostra aponta tendências, linguagens, técnica e autores, e serve como retrospectiva”, diz o curador Francisco César Filho. E destaca, segundo César Filho, produções “na contramão do bom gosto visual dos filmes convencionais” em busca de estilo e linguagem.

É o caso de Amor Só de Mãe. Dennison Ramalho pretende viabilizar comercialmente no Brasil o estilo horror com elementos da religiosidade nacionais. Ele ganhou em 1999 o prêmio de melhor curta em 16mm em Gramado com Noturno, realizado em Porto Alegre. De volta a São Paulo em 2000, Ramalho encontrou na produtora Olhos de Cão, do também andreense Paulo Sacramento, o meio para lançar-se em sua empreitada.

Amor Só de Mãe é uma versão barra pesada da música Coração Materno, de Vicente Celestino. Na letra, a amante pede como prova de amor que o amado lhe traga o coração da mãe dele. O amado assim faz, mas é punido. O filme vai além, com magia negra e possessão demoníaca. “Carreguei nas tintas”, afirma Ramalho. “Quando ficou pronto ano passado, o crime da moda era o da Suzane von Richthofen. Chamo meu filme de um encontro espiritual entre Suzane e Celestino no inferno”, diz.

Everaldo Pontes (São Jerônimo, de Julio Bressane, e Abril Despedaçado, de Walter Salles Jr.) e Vera Barreto Leite fazem filho e mãe. A amante é uma ex-atriz da Boca do Lixo, Débora Muniz. O roteiro foi co-escrito com Pai Alex, um pai-de-santo de quem Ramalho não sabe o nome. “Ele tinha uma tenda de umbanda no presídio do Carandiru onde o conhecemos quando Sacramento filmava O Prisioneiro da Grade de Ferro. Deu muitas idéias. Hoje está no presídio de Araraquara”, afirma.

Do Grande ABC, a Mostra ainda terá os videoclipes dirigidos por Daniel Sêda É Assim que Tem que Ser, do grupo de rap Sistema Racional, e Fazendo Revolução, do Canto B, cujos integrantes Espaike, Tiago Improviso e Arnaldo Tifu participaram do documentário VinteDez, de Francisco César Filho e Tata Amaral em Santo André, que também está na mostra. Outra produção é Cinema Dilacerado, de Joseane Alfer e participação do Núcleo de Estudo, Produção e Difusão de Cinema e Vídeo Com-Olhar de Diadema. Rogério Côrrea, diretor do Cine-Teatro Carlos Gomes em Santo André, mostra Na Garupa de Deus, sobre a dura vida dos motoboys de São Paulo e região. Uma microcâmera foi usada nas imagens sobre motos em movimento pelas ruas. Mostra Audivisual exibe 294 vídeos Alessandro Soares
Do Diário do Grande ABC A 15ª Mostra do Audiovisual Paulista cresceu e mudou. Esta edição exibirá 294 vídeos entre ficção, programas de TV, animação etc, em vários formatos, linguagens e tempo de duração no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, de 25 a 30 deste mês, com entrada franca. O Grande ABC tem seis trabalhos e Amor Só de Mãe, do andreense Dennison Ramalho, está na abertura.

A Mostra oferece um apanhado de toda a produção em São Paulo, ficção, autoral, vinhetas, videoreleases etc e até programas para TV. “A Mostra aponta tendências, linguagens, técnica e autores, e serve como retrospectiva”, diz o curador Francisco César Filho. E destaca, segundo César Filho, produções “na contramão do bom gosto visual dos filmes convencionais” em busca de estilo e linguagem.

É o caso de Amor Só de Mãe. Dennison Ramalho pretende viabilizar comercialmente no Brasil o estilo horror com elementos da religiosidade nacionais. Ele ganhou em 1999 o prêmio de melhor curta em 16mm em Gramado com Noturno, realizado em Porto Alegre. De volta a São Paulo em 2000, Ramalho encontrou na produtora Olhos de Cão, do também andreense Paulo Sacramento, o meio para lançar-se em sua empreitada.

Amor Só de Mãe é uma versão barra pesada da música Coração Materno, de Vicente Celestino. Na letra, a amante pede como prova de amor que o amado lhe traga o coração da mãe dele. O amado assim faz, mas é punido. O filme vai além, com magia negra e possessão demoníaca. “Carreguei nas tintas”, afirma Ramalho. “Quando ficou pronto ano passado, o crime da moda era o da Suzane von Richthofen. Chamo meu filme de um encontro espiritual entre Suzane e Celestino no inferno”, diz.

Everaldo Pontes (São Jerônimo, de Julio Bressane, e Abril Despedaçado, de Walter Salles Jr.) e Vera Barreto Leite fazem filho e mãe. A amante é uma ex-atriz da Boca do Lixo, Débora Muniz. O roteiro foi co-escrito com Pai Alex, um pai-de-santo de quem Ramalho não sabe o nome. “Ele tinha uma tenda de umbanda no presídio do Carandiru onde o conhecemos quando Sacramento filmava O Prisioneiro da Grade de Ferro. Deu muitas idéias. Hoje está no presídio de Araraquara”, afirma.

Do Grande ABC, a Mostra ainda terá os videoclipes dirigidos por Daniel Sêda É Assim que Tem que Ser, do grupo de rap Sistema Racional, e Fazendo Revolução, do Canto B, cujos integrantes Espaike, Tiago Improviso e Arnaldo Tifu participaram do documentário VinteDez, de Francisco César Filho e Tata Amaral em Santo André, que também está na mostra. Outra produção é Cinema Dilacerado, de Joseane Alfer e participação do Núcleo de Estudo, Produção e Difusão de Cinema e Vídeo Com-Olhar de Diadema. Rogério Côrrea, diretor do Cine-Teatro Carlos Gomes em Santo André, mostra Na Garupa de Deus, sobre a dura vida dos motoboys de São Paulo e região. Uma microcâmera foi usada nas imagens sobre motos em movimento pelas ruas.