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Voluntários fazem a alegria da garotada em abrigo
Kelly Zucatelli
Do Diário do Grande ABC
24/12/2009 | 07:01
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O Natal cheio de encantos que comemoramos a partir da noite de hoje, com a família reunida e a esperada troca de presentes, ficará na esperança da faxineira Angela Ferreira Bispo, 39 anos, para acontecer apenas no próximo ano, pois ela não conseguirá comemorar a festa com seus filhos.

Há quatro meses, quando deu à luz à linda Caroline (nome fictício), Angela acabou perdendo a guarda da menina, que hoje vive no Lar Assistencial Mãos Pequenas, em Diadema.

Ontem, ela esteve no local com carinho especial, para desejar ao seu bebê um feliz Natal adiantado, já que hoje não poderá vê-la, pois não é o seu dia de visita na casa de abrigo.

"Minha filha não é linda? Tenho mais cinco filhos e, infelizmente, eles não moram comigo. Não tenho condições financeiras por enquanto, pois estou sem trabalho. Mas se Deus quiser, no próximo Natal a Caroline estará comigo!", disse, carinhosamente, enquanto trocava as fraldas do bebê e apreciava o fato de que, a cada dia, a criança ganha um pouquinho mais de peso.

Assim como Caroline, outras crianças moradoras do Lar Mãos Pequenas viveram a alegria do Natal, com direito a presentes, doces e brincadeiras, proporcionada por voluntários de Santo André. O grupo se reuniu para levar felicidade aos menores após se comover com reportagem publicada na edição deste mês da Dia-a-Dia Revista, do Diário.

"Todos os anos reúno pessoas que estejam dispostas a participar dessa ação de humanidade, que vai muito além de apenas dar um brinquedo. Serve para proporcionar amor, afeto e fazer com que elas mostrem seus sorrisos e supram um pouco a falta de suas famílias", contou a empresária Arleide Braga.

Na tarde de sol e calor de ontem, as crianças de 1 a 4 anos estavam arrumadas e ansiosas pela chegada do Papai-Noel nas instalações do casarão da entidade, que deixa clara a relação familiar entre todos que vivem ali.

A cada pacote que o Bom-Velhinho pegava, as crianças eram tomadas pela expectativa para a chamada do nome. "Sou eu, sou eu!", gritavam os pequenos.

E, ali mesmo, iam se desfazendo os pacotes e aparecendo carrinhos, bonecas e jogos que agradaram a cada um dos meninos e meninas que pediam colo para os voluntários.

"Poucos pais vêm aqui para vê-los. Então, contamos muito com a ajuda de pessoas que se prontificam a dar um pouco de alegria para eles", disse a responsável pela festa e fundadora do lar, Maria Andréia Sobral.

Enquanto os mais crescidos brincavam no quintal, a funcionária da entidade Fabiana da Silva dava mamadeira a uma menina de pouco mais de 1 mês. "Cuido deles como cuido dos meus filhos, e é muito bom ver essa alegria", disse.

A tarde de festa realizada por pessoas dispostas a olhar para o próximo e estender as mãos para oferecer atenção e carinho garantiu alegria às crianças.




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