A polícia trabalhou com várias frentes de investigação. Nos primeiros dias após o assassinato, o local parecia já estar desenhado para a polícia: a favela do Jardim Limpão, onde os três estavam morando. "Descobrimos que o Bahia havia ido na sexta-feira para a casa de uma irmã dele no Jardim Marilene, em Diadema, e conseguimos localizá-lo", disse o delegado seccional, Marco Antônio de Paula Santos.
Quinze policiais foram ao local e tentaram invadir a casa. "Ele subiu na laje, atirou contra nós e correu pelo telhado de várias casas", disse um policial que participou da ação. Bahia foi baleado com um tiro nas nádegas e preso. O revólver calibre 38 do criminoso é a arma que matou La Costa. Ele, então, confirmou um endereço à polícia: de seu cúmplice Nego Shell, apelido adquirido por ser especialista em roubos a postos de gasolina.
No barraco onde estava, no alto da favela, o criminoso percebeu a entrada dos policiais, sacou seu revólver e atirou duas vezes. No revide, foi baleado com um tiro no olho. "Assim que entramos, ele já atirou e poderia ter matado um de nós", disse um policial. Nego Shell havia invadido o barraco onde estava na manhã de quarta-feira. Fez o mesmo desde o dia do assassinato. "Ele invadiu a casa de muitas pessoas de bem e ameaçou de morte quem o delatasse. Causou terror no alto da favela", disse o delegado Santos.
O criminoso teria de cumprir pena por roubo em regime semi-aberto em Franco da Rocha e havia saído da cadeia no fim de semana anterior ao crime e não retornou. Na quarta-feira, participou da morte do repórter fotográfico. Bahia não tem antecedentes criminais.
Confirmação - As fotografias do momento do crime (feitas por André Porto, do jornal Agora São Paulo) permitiram resolver o caso. A confissão de Bahia – de camisa azul encostado no Gol e com um revólver entre as mãos – tirou a dúvida de quem teria sido o autor do disparo que matou La Costa. Nas fotografias, Nego Shell – de jaleco bege – aparece com um revólver nas mãos e foi visto por vários profissionais da imprensa, num momento anterior, baixando a mão até a cintura e apontando seu revólver em direção ao fotógrafo. Outras duas testemunhas, porém, também afirmaram que viram Bahia puxar outro revólver e atirar. O terceiro cúmplice estava na cobertura do crime.
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