Ribeirão Pires passará a contar, até julho, com rede municipal de atendimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros). O projeto pioneiro tem a proposta de conectar os serviços de saúde, educação, segurança e assistência social da cidade para oferecer atendimento qualificado à população. A expectativa é de que o projeto seja ampliado para os demais municípios.

Vitor Lopes, coordenador do GT (Grupo de Trabalho) LGBT do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, explica que a ideia é aproveitar os equipamentos já existentes, humanizá-los e garantir que estejam aptos a receber as demandas dessas pessoas. “Se um LGBT sofrer agressão física, haverá encaminhamento pelos serviços de segurança para atendimento psicológico com rapidez.”

Para o presidente e fundador da ONG ABCDS (Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual), Marcelo Gil, a proposta é válida, mas ele teme que não haja expansão do serviço. “O contexto sociológico de Ribeirão Pires é diferente, por ser um polo cultural. As cidades de polo industrial da região ainda são fundamentalistas e pouco fazem para ajudar o LGBT”, observa.