A escolha do novo reitor da FSA (Fundação Santo André) está nas mãos do prefeito da cidade, Paulo Serra (PSDB). Após consulta à comunidade acadêmica e votação no conselho universitário, a lista tríplice com os três candidatos ao cargo foi encaminhada ao chefe do Executivo, no dia 29 de novembro.

O primeiro colocado na disputa foi o professor Francisco José Santos Milreu, seguido pela professora Andrea Dias Quintao e, na sequência, professor Edvaldo Luis Rossini, o Didi. O cargo de vice-reitor teve apenas um interessado, o professor Rodrigo Cutri.

Caberá ao prefeito respeitar a vontade da instituição de Ensino Superior e nomear o candidato mais votado ou, caso deseje, escolher o nome que mais lhe parecer preparado para o desafio. Na eleição de 2013, o então prefeito Carlos Grana (PT) reiterou o resultado do processo eleitoral da FSA e deu o cargo a José Amilton de Souza, que renunciou em agosto de 2015. Ele foi substituído pela vice-reitora, Leila Modanez, atualmente afastada da reitoria por problemas de saúde.

O docente mais votado, tanto entre a comunidade escolar quanto entre os conselheiros da instituição de Ensino Superior foi Francisco José Santos Milreu, pós-doutor em Engenharia de Produção pela Unip (Universidade Paulista) e professor titular na FSA e na USCS (Universidade Municipal de São Caetano). Sócio-proprietário de comércio varejista de madeira aberto em 1974, ele assiste processo de falência da empresa desde 1988.

Andrea Dias Quintao, pós-doutora pelo Instituto de Física da USP (Universidade de São Paulo), com passagem pela direção da Faculdade de Engenharia da FSA, obteve a segunda votação mais expressiva.

O terceiro nome aclamado pela comunidade acadêmica foi o de Edvaldo Luis Rossini, o Didi. Pós-doutorando em Tecnologia Nuclear pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, ele é professor da FSA desde 2009.

CENÁRIO

O reitor eleito certamente terá pela frente desafio proporcional ao cargo ocupado. Isso porque a FSA passa por grave crise financeira desde 2008. No ano passado, entretanto, o histórico de atraso nos salários dos funcionários passou a ser recorrente.

Para reverter o cenário, a instituição tem implantado medidas diversas, entre elas proposta de reajuste de 6,5% na mensalidade de alunos para 2018. A ação, no entanto, causou revolta de estudantes, que nas últimas semanas realizaram série de protestos na tentativa de reverter a decisão.