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São Caetano planeja retomar entrega de leite a famílias carentes

Projeto, que será enviado à Câmara, prevê distribuição do alimento a 2.750 munícipes

Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
20/09/2018 | 07:00
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André Henriques/DGABC


 A Prefeitura de São Caetano pretende retomar o programa Leite é Vida – paralisado desde 2016, ainda na gestão do então prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) –, que prevê a distribuição do alimento em pó a famílias carentes da cidade. Projeto de lei elaborado pelo Executivo e que será encaminhado à Câmara na próxima semana promete beneficiar 2.750 moradores já cadastrados em programas sociais do município.

Conforme o prefeito José Auricchio Junior (PSDB), o programa foi criado em sua segunda gestão como chefe do Executivo, em 2009. A ação social ficou paralisada entre 2013 e 2014, quando foi reativada por Pinheiro. No entanto, sob justificativa da crise financeira, foi interrompida novamente em 2016. “Essa iniciativa faz parte do programa Pró-família (benefício social a famílias em situação de vulnerabilidade). Por conta de problemas com o reajuste fiscal, não conseguimos retomar (o Leite é Vida) no primeiro ano de governo. Com a situação equilibrada, entendemos que é importante voltar com essa ação”, explicou Auricchio.

A administração projeta a distribuição de dois quilos de leite em pó por mês às famílias cadastradas no Pró-família. A expectativa é a de que sejam entregues 5.500 quilos do alimento mensalmente, totalizando 66 mil quilos ao ano. Para isso, será desempenhado investimento anual na ordem de R$ 3,6 milhões.

Para Auricchio, o impacto social causado pelo programa na vida da população vulnerável é o principal benefício do Leite é Vida. “É um plus na cesta básica. Não conseguimos atender a todos, portanto, serão selecionados perfis extremos, para obter melhora na qualidade de vida e na alimentação dessas pessoas.”

A retomada do projeto leva em conta, segundo a secretária da Seais (Secretaria de Assistência e Inclusão Social), Magali Rosolem, demanda recebida pela administração das próprias famílias atendidas por programas sociais. “É um importante componente para a complementação alimentar e fundamental para o desenvolvimento das crianças. Desde que retomamos o programa de auxílio-alimentação, com a distribuição de cestas básicas, os beneficiados têm demonstrado a necessidade do leite como complemento. Por conta do alto desemprego, temos recebido essa demanda quase que diariamente.”

PERFIL

Poderão ser contempladas pela distribuição de leite em pó crianças de 7 a 11 anos e que não possuam irmãos participantes do programa Viva Leite, do governo do Estado. Idosos com 65 anos ou mais e que tenham alguma doença especificada em atestado médico e adultos com problemas infectocontagiosos, degenerativos ou câncer também poderão participar. A pessoa precisa ser residente do município há, no mínimo, três anos e possuir renda familiar per capita de até um salário mínimo (R$ 954).




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