Setecidades Titulo Limpeza
Garis da região entram
em greve na segunda

Categoria pede reajuste salarial de 15,39%
enquanto o sindicato patronal oferece 10%

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
29/03/2014 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


O cenário de lixo espalhado pelas ruas, visto no Rio de Janeiro no início de março, pode ser o mesmo no Grande ABC daqui a dois dias. Os trabalhadores responsáveis pela limpeza urbana de seis das sete cidades da região (exceto Rio Grande da Serra), decretaram greve a partir de segunda-feira, após rejeitarem ontem, pela segunda vez em assembleia, o reajuste salarial proposto pelo sindicato patronal, de 10%, ante o reivindicado pela categoria, de 15,39%.

Cerca de 300 coletores de lixo participaram de assembleia geral que culminou na decisão, realizada pelo Siemaco-ABC (Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Manutenção de Áreas Verdes Públicas e Privadas), na sede da entidade, em Santo André. A categoria conta com cerca de 3.000 trabalhadores na região.

A greve, no entanto, será parcial, segundo o Siemaco-ABC, já que a entidade patronal obteve liminar junto ao TRT (Tribunal Regional do Trabalho), que obriga a categoria a manter 50% dos funcionários em atividade.

Hoje, a remuneração mínima total (salários mais benefícios) dos coletores totaliza R$ 1.768,53. Já os varredores recebem R$ 1.472,69. O pedido de reajuste foi feito com base na inflação do INPC/IBGE, mais 10% de aumento real.

O presidente do Siemaco-ABC, Roberto Alves da Silva, lamentou que a situação tenha chegado a esse ponto. “O sindicato sempre foi de negociar, mas, infelizmente, por irresponsabilidade dos patrões, não restou alternativa.”

Na terça-feira, começará outra rodada de negociações entre os sindicatos, devendo a greve durar até lá.

São Bernardo já sentiu os reflexos da interrupção da coleta de lixo. Na segunda e terça-feira, os funcionários da SBC Valorização de Resíduos paralisaram os serviços pela segunda vez em uma semana, em protesto aos 10% de reajuste ofertados. Dos 1.200 trabalhadores, 700 cruzaram os braços e sacos de lixo se amontoaram nas ruas, por toda a cidade.

Ontem, após tomar ciência sobre a greve, a Prefeitura informou que vai exigir que a companhia realize a coleta, sob pena de multa.

Em Mauá, onde o serviço é realizado por 100 trabalhadores da Lara Central de Atendimento de Resíduos, a Secretaria de Serviços Urbanos disse que ainda não havia sido informada sobre a greve. No entanto, a Prefeitura vai monitorar a situação para tomar as devidas providências.

As demais prefeituras não retornaram sobre se pretendem realizar ações para amenizar os efeitos da paralisação. 




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