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Investigações sobre morte de família em São Bernardo correrão em segredo de Justiça

Polícia Civil justificou que medida é necessária para preservar andamento do caso

Vanessa Soares
Do Dgabc.com.br
31/01/2020 | 15:00
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Reprodução/Facebook


A SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo informou nesta sexta-feira (31) que as investigações sobre as circunstâncias da morte de Romuyuki e Flaviana Gonçalves e o filho caçula, Juan Gonçalves, 15 anos, encontrados carbonizados no porta malas do carro na madrugada de terça-feira na Estrada do Montanhão, em São Bernardo, estão em segredo judicial.

O caso é investigado pelo setor de Homicídios da Delegacia Seccional de São Bernardo, que justificou que medida é necessária para preservar o andamento das investigações.

Ana Flávia Gonçalves, 24 anos, filha mais velha do casal, e a companheira dela, Carina Ramos, 31, estão presas deste a noite de quarta-feira (31) em caráter temporário, suspeitas de envolvimento no crime. Diligências continuam em andamento para identificar e prender outros envolvidos.

Em coletiva de imprensa realizada ontem, a Polícia Civil informou que investiga a participação de uma terceira pessoa no assassinato. Uma testemunha que está sob proteção judicial e não teve a identidade revelada relatou à polícia que viu um homem de aproximadamente 1,90 metro de altura junto com Ana Flávia e Carina. “Essa pessoa contraria tudo que elas falaram. Conta que colocaram o carro de ré e carregaram coisas pesadas. Isso é altamente suspeito”, declarou o titular da Delegacia de Investigações Criminais de São Bernardo, Paul Henry Bozon Verduraz.

Câmeras de segurança do condomínio onde a família vivia, no Jardim Ciprestes, em Santo André, – que foi pichado com pedido de justiça – mostram que, por volta da 1h da terça-feira, dois carros deixaram o local (o Jeep Compass da família e o Fiat Pálio de Ana Flávia. O veículo da família foi encontrado duas horas depois, em chamas. Laudo necroscópico revelou que a morte dos três foi provocada por traumatismo cranioencefálico em decorrência de pancadas no lado direito da cabeça – o que indica que o agressor é canhoto.

A polícia informou ainda que a perícia confirmou a presença de manchas de sangue em uma calça de Ana Flávia, que mora com a companheira há cerca de dois anos. Embora Verduraz não tenha certeza sobre a motivação do crime, Ana Flávia e Carina contaram que a relação com a família era conturbada porque Gonçalves e Flaviana não aceitavam a união homoafetiva, o que foi confirmado por familiares.

Durante diligências na residência onde a família assassinada morava, a polícia encontrou o imóvel revirado e percebeu que jóias, eletrodomésticos, cerca de R$ 8.000 em espécie e quantia não informada em dólar foram subtraídos. Também havia manchas de sangue espalhadas pelo local. 

A polícia aguarda a quebra de sigilo telefônico das duas suspeitas, além do resultado da perícia realizada na residência da família e no carro de Ana Flávia e Carina para dar continuidade às investigações. 
 




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