Usuários têm veículos levados de espaço municipal mesmo com guarita de segurança no local
Usuários de bicicletário municipal instalado entre as ruas Presidente Carlos de Campos e Delfim Moreira, no Centro de Santo André, sofrem com a insegurança no local. Inaugurado pela Prefeitura em 2008 e com capacidade para abrigar, gratuitamente, 152 bicicletas, casos de furtos e roubos não são raros, mesmo com guarita de segurança no local. Com entrada por ambas as vias, o bicicletário é passagem utilizada por pedestres durante o período em que fica aberto – das 5h às 23h.
O analista contábil Denis Baptista Nunes, 30 anos, deixou a bike no estacionamento no sábado para pegar o trem rumo à Capital. Quando regressou, a surpresa. “Fui buscar a bicicleta e ela não estava na vaga que havia deixado. Perguntei a um guarda municipal e ele disse que roubos eram comuns ali e que ele nada poderia fazer, já que, como não há controle de quem utiliza o espaço, se chegar alguém dizendo que perdeu a chave do cadeado (que protege a bicicleta) e arrebentar a proteção, não tem como impedir”, reclama.
O promotor de vendas Renato Alberto Moretti, 31, utiliza o bicicletário com frequência e, embora não tenha sido vítima de furto, diz que já ouviu muitos relatos de pessoas que passaram pelo transtorno. “Pelo que o pessoal comenta, muitas bicicletas já foram levadas daqui. Não há nenhum cadastro, é só chegar e estacionar. Até fica guarda, mas em alguns horários, como aos domingos de manhã, a guarita fica vazia”, fala.
Correntes e travas de segurança não são impedimentos para a concretização dos furtos. “Por mais fortes que sejam, tem alicate que corta qualquer coisa. Outro dia, um rapaz estava levando uma bicicleta, mas, por sorte, o dono chegou a tempo e conseguiu deter o ladrão”, comenta o estudante Lenaldo de Paula Bragas, 31.
O problema é antigo. Em um site na internet especializado em registro de reclamações, internauta relatou, em 2012, que teve duas bicicletas roubadas no período de um ano e dois meses.
“Fiquei revoltado com o ocorrido. Nem foi pelo valor da bicicleta, mas não adianta um bicicletário sem segurança. É preciso fazer alguma coisa”, exclama Nunes.
Procurada para comentar o assunto, a Prefeitura de Santo André, por meio da Secretaria de Segurança Urbana e Comunitária, informou, em nota, que o local não tem controle de acesso nem garantia de estadia das bicicletas e que um guarda patrimonial mantém ronda e vigília na região, para coibir possíveis delitos.
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