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Policial militar volta para casa fardado e é morto
Gabriel Batista
Do Diário do Grande ABC
19/03/2006 | 08:43
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Depois de trabalhar por 12 horas seguidas durante toda a noite, o policial militar Mauro de Carvalho Neto, 41 anos, 1º sargento do 41º Batalhão de Santo André, foi morto com um tiro no pescoço quando voltava para casa fardado com sua motocicleta Falcon 600 cilindradas. O crime ocorreu por volta das 6h30 deste sábado na avenida 31 de Março, no bairro Paulicéia, em São Bernardo. O policial morto teve sua pistola 380 roubada, mas a moto e sua carteira não foram levadas.

Segundo colegas, o sargento também ministrava cursos de reciclagem sobre Direitos Humanos e Policiamento Comunitário a outros policiais militares no CPA/M-6 (Comando de Policiamento de Área/Metropolitano 6), o comando da PM no Grande ABC.

De acordo com o delegado plantonista Renato Moreira Camara, do 2º DP de São Bernardo, o sistema de câmeras de segurança da montadora Mercedes-Benz filmou o crime. O homicídio ocorreu em frente à fábrica. Uma equipe de investigadores do DP foi até a Mercedes buscar o CD com as imagens. Um outra empresa também teria registrado imagens da ocorrência.

A Polícia Civil tem a informação de que o crime foi cometido por dois homens em uma moto preta. Versão essa que partiu de uma ligação anônima ao 190 da PM para comunicar o homicídio. O sargento chegou a ser levado por colegas ao Hospital Assunção, em São Bernardo, onde já chegou morto.

O tiro que vitimou o policial foi disparado com o cano encostado em seu pescoço, pois sua pele apresentava queimaduras no entorno da perfuração. Os parentes do sargento acreditam em latrocínio (roubo seguido de morte), já que os criminosos levaram sua arma, que possuía inscrições de pertencer à Polícia do Estado de São Paulo.

O delegado Camara, porém, não descarta a possibilidade de execução. "Por que não roubaram a moto nem a carteira da vítima? Só levaram a arma. Precisamos, portanto, esclarecer mais esse caso", disse o delegado.

De acordo com colegas e familiares, o policial morto era conhecido como sargento Mauro e estava há 25 anos na corporação. Separado da mulher há cerca de um ano, ele não tinha filhos e morava sozinho em uma casa no Jardim Santa Rita, em Diadema. Trabalhou no 24º Batalhão de Diadema e na PM de Peruíbe, no litoral Sul do Estado. Atualmente, atuava em uma equipe de radiopatrulha (policiamento de rua) de Santo André, em plantões noturnos.



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