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Cidades do Grande ABC registram queda de 60% em casos de Covid-19

Dados coletados junto aos serviços de atendimento às síndromes gripais mostram que, atualmente, de cada 100 pacientes, 14 têm a doença

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
07/03/2022 | 00:01
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Claudinei Plaza/DGABC


A taxa de contaminação por Covid-19 despencou entre os pacientes que estão sendo atendidos desde janeiro nos serviços criados pelas cidades para casos de síndromes gripais na região. No início da implementação dos atendimentos, de cada 100 pacientes, 35 estavam contaminados. Nos últimos 15 dias (entre 17 de fevereiro e 3 de março), de cada 100 pessoas, 14 positivaram para a doença. A queda na proporção de contaminados foi de 60% no período – veja todos os dados na arte abaixo.

O clínico geral Roberto Debski explicou que no fim do ano passado e no início deste ano houve um surto de gripe no País todo, causado pelo vírus H3N2, cujas vacinas mais recentes contra a doença utilizadas no Brasil ainda não eram eficazes. Junto com isso, houve o surgimento da variante ômicron, muito contaminante, o que sobrecarregou os serviços de saúde pública. O médico ressalta que o avanço da vacinação tem feito muitas pessoas relaxarem os cuidados, como uso de máscara, higiene das mãos e evitar aglomerações, e que, pelo bem da saúde de todos, essas medidas deveriam ser prorrogadas. “Na Ásia o uso de máscara é comum em muitos países e vai se tornando uma tendência no mundo todo”, avalia.

Em Santo André foram criados dois ambulatórios para síndromes gripais, um na UFABC (Universidade Federal do ABC) e outro na Associação dos Servidores do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental), na Vila Pires. A administração destacou que segue monitorando a evolução da pandemia e implantando novas estratégias de combate à Covid-19 e de casos de síndromes gripal e respiratória.

São Bernardo passou a ofertar atendimento especializado desde 5 de janeiro, nas 33 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da cidade, ampliando o serviço que já era realizado em outros equipamentos. Com a diminuição de demanda, o atendimento de síndromes gripais volta a ser realizado, exclusivamente, nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), no PA Taboão e no Centro Comunitário da Vila São Pedro, a partir de hoje. As salas das comunidades das unidades básicas, que estavam sendo ocupadas para o atendimento destes casos, serão utilizadas na vacinação contra a Covid, que agora será por livre demanda.

Os atendimentos para síndromes gripais foram feitos na Carreta da Saúde de São Caetano entre 29 de março de 2020 e fevereiro de 2022, quando os atendimentos de síndromes gripais ficaram concentrados exclusivamente na UBS Caterina Dall’Anese, no bairro Olímpico. Esta UBS foi destacada em julho de 2021 para atender, exclusivamente, casos de síndromes gripais (nos primeiros meses junto com a carreta). Os dados não constam do levantamento porque são de períodos distintos e não permitiriam a comparação. O serviço segue enquanto durar a pandemia.

O ambulatório de síndromes gripais montado em 27 de janeiro no Ginásio Mané Garrincha, em Diadema, segue funcionando por período indeterminado e sua demanda é avaliada periodicamente. Em Mauá, os pacientes com sintomas de síndrome gripal estão sendo atendidos nas UBSs e UPAs. Em dezembro do ano passado, devido ao aumento dos atendimentos de casos na rede de saúde, a Prefeitura reforçou em 30% o quadro de profissionais em cada uma das quatro UPAs. Até 17 de março a cidade realiza teste em pacientes assintomáticos nas UBSs Primavera, Flórida, Magini, Zaíra 1 e Feital, além das UPAs, que operam 24 horas. A prefeitura não divulgou dados de atendimento.

Ribeirão Pires montou uma tenda exclusiva para triagem de pacientes com síndromes gripais na UPA Santa Luzia, que não tem prazo para ser desativada. Em Rio Grande da Serra, a UPA e as oito UBSs atendem os casos. A Prefeitura informou apenas que nos últimos 15 dias foram atendidas 61 pessoas. 




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