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Técnicos da UFABC aceitam acordo, mas mantêm greve

Paralisação dos 600 funcionários da instituição de ensino já dura 74 dias

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
25/08/2012 | 07:00
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Em assembleia realizada na manhã de ontem, os técnicos administrativos da UFABC (Universidade Federal do ABC) deliberaram pela manutenção da greve, que já dura 74 dias. Apesar de terem aprovado contraproposta apresentada pelo governo, que prevê aumento de 15,8% em três anos, os cerca de 600 funcionários da federal permanecerão de braços cruzados para pressionar a reitoria a atender reivindicações locais.

A pauta dos servidores da UFABC pede desde participação maior no conselho superior da instituição, que hoje tem adesão majoritária de professores (75%), até jornada de 30 horas semanais, recebimento de adicional de insalubridade, subsídio para uso do restaurante universitário (a refeição custa R$ 6,20), além de melhores condições de trabalho.

Está prevista para segunda-feira reunião com a reitoria, segundo o coordenador do Sinsifes (Sindicato dos Servidores das Instituições Federais de Ensino Superior) do ABC, José Carlos da Silva. "Dependendo de como for a recepção do reitor podemos até antecipar a assembleia de quinta-feira."

Os dirigentes da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil) assinaram acordo na quarta-feira. A maior parte, inclusive os da Unifesp, volta ao trabalho na segunda-feira.

O impacto orçamentário do reajuste será de R$ 2,9 bilhões. Houve ainda promessa de não descontar os dias parados do salário, sob a condição de reposição.

DOCENTES

A greve dos docentes das federais já dura 98 dias e continuam os esforços do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) para que o governo retome as negociações após ter sido protocolada contraproposta do sindicato. O documento apresentado pelo Andes traz impacto orçamentário de R$ 4,2 bilhões em três anos. O piso salarial dos docentes por 20 horas de trabalho seria alterado para R$ 2.018,77, conforme proposta do MEC. Porém, o percentual dos degraus entre os 13 níveis passaria a ser de 4%, sendo que na tabela apresentada pelo governo, o índice varia de 1% a 12%.




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