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Impasse deixa 15 mil pacientes em fila
Renan Fonseca
Do Diário do Grande ABC
23/10/2010 | 07:01
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Marina Brandão/DGABC


No mínimo 15 mil pacientes de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra aguardam atendimento em quatro especialidades médicas. A fila está crescendo e não existe previsão para que todas as pessoas sejam atendidas. Um impasse entre Prefeitura de Mauá e governo do Estado deve atrasar a entrega do AME (Ambulatório Médico de Especialidades), equipamento que desafogaria a Saúde dos municípios.

O edifício, no Centro da cidade, pertence ao Estado e comportava até o ano passado a Unidade Básica de Saúde Central. Para fazer funcionar o ambulatório, a Prefeitura teve de reformar todo o prédio, gastando R$ 4 milhões em recursos próprios. Os trabalhos começaram há quase um ano (em dezembro) e agora o equipamento está pronto para receber os equipamentos e médicos, segundo o secretário de Saúde de Mauá, Paulo Eugênio Pereira.

Para iniciar o atendimento, a Secretaria de Saúde do Estado tem de escolher a entidade que vai gerir o equipamento. Uma das organizações cotadas é a Fundação ABC, que vai administrar o AME de Santo André.

Antes disso, a Prefeitura deve fazer a cessão do estabelecimento. Eugênio garante que o local já foi liberado para a Secretaria.

O processo não foi oficializado, segundo o secretário, pois o órgão estadual alegou que ainda não havia escolhido a entidade gerenciadora. "Estamos aguardando as decisões do governo", falou o secretário.

A Secretaria informou, contudo, que a reforma ainda não foi concluída, o que impossibilita o funcionamento do ambulatório.

Pereira rebate que no momento apenas os geradores de energia estão sendo instalados. "Mas isso não atrapalha o início dos atendimentos. Assim que o Estado decidir inaugurar o AME, temos condições de entregar o prédio com aporte para receber funcionários e equipamentos". O prazo para o término das instalações é de 15 dias, segundo o secretário.

DEMANDA
Hoje, Mauá conta somente com o Cema (Centro de Especialidades Médicas de Mauá), que não possui especialistas em todas as áreas médicas.

A maior demanda do município é por ortopedia. Pelo menos 6 mil pacientes deixam de ser atendidos no Cema, que contratou apenas três profissionais da área.

Neurologia, oftalmologista e endocrinologista compõem a lista de espera na micro-região, formada pelos três municípios. "Com o AME, o município pode cuidar melhor da saúde básica", pontuou o secretário.


Estado inaugura unidade de S.André segunda

O primeiro AME (Ambulatório Médico de Especialidades) do Grande ABC será inaugurado na segunda-feira em Santo André, segundo a Secretaria de Saúde do Estado. O equipamento funcionará no Poupatempo da Saúde, que ainda não tem data para abertura. A administração ficará por conta da Fundação do ABC.

A princípio, o ambulatório vai operar três especialidades: oftalmologia, otorrinolaringologia e vascular. A Secretaria informou que gradualmente as demais especialidades serão implantadas.

O objetivo é chegar a mais de 30 áreas da medicina, com mais de 20 mil consultas por mês. O prédio comportava a antiga Secretaria de Obras e Serviços Públicos do município, inaugurada em 2008.

Recentemente, o prefeito Aidan Ravin (PTB), estimou que até o final de fevereiro todas as especialidades sejam disponibilizadas para a população.

Além do ambulatório, o Poupatempo também vai contar com o Hospital Dia, com três salas para realização de cirurgias, quatro leitos de recuperação pós-cirúrgica e anestésica, uma enfermaria com 18 leitos, um Centro de Reabilitação e uma base regional do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência).

 

O atendimento no ambulatório vai obedecer o procedimento do SUS (Sistema Único de Saúde). O encaminhamento do paciente deve ser feito por médico da rede básica de saúde, em UBS (Unidade Básica de Saúde), por exemplo. O Poupatempo fica na avenida Capitão Mário Toledo de Camargo, na Vila Vitória. (Renan Fonseca)




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