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Corredor ABD pede manutenção

No trecho entre S.Bernardo e Diadema, via está
esburacada e não conta com sinalização de solo

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
19/01/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Com cerca de 11 quilômetros de extensão, sendo a maior parte em São Bernardo e Diadema, o Corredor ABD sofre com falta de manutenção. Os problemas estão concentrados nos dois municípios, que somam oito quilômetros de via. Além da grande quantidade de buracos, há falhas na sinalização de solo em longo trecho, o que dificulta a orientação dos motoristas e gera risco de colisões laterais. A avenida, que recebe diversas nomenclaturas, liga a Zona Sul da Capital a Santo André, passando pelas outras duas cidades mencionadas.

O abandono no corredor não é algo recente. Em 2012, o Diário publicou reportagem relatando os diversos problemas na via. Desde então, muitas promessas foram feitas, mas nada de concreto foi executado, apenas serviços paliativos, como as operações tapa-buraco.

Além de ser importante via arterial, o complexo dá acesso às rodovias Anchieta e Imigrantes, como também à Avenida dos Estados, em Santo André. Muitos caminhões passam por lá diariamente, o que piora ainda mais as condições do solo. Com isso, quem utiliza o corredor diariamente sofre com trepidações e é obrigado a desviar dos buracos, o que aumenta o risco de acidentes.

“Um dia desses quase deixei um pneu para trás”, relata a supervisora de logística Olivia Alonso, 33 anos, que trafega pelo local todos os dias para ir ao trabalho, no bairro Cooperativa, em São Bernardo. “As condições estão horríveis e ninguém faz nada para melhorar, pois fica naquele empurra-empurra entre Diadema e São Bernardo”, reclama o mecânico Marcelo Martinelli, 47.

Os problemas não se limitam às crateras. Em quase toda a extensão do trecho entre São Bernardo e Diadema, não há sinalização de solo, o que dificulta a organização do tráfego em pistas e gera perigo de colisões laterais. “Todos os dias vejo o pessoal xingando porque alguém está invadindo a faixa, mas o problema é que ela não existe”, reconhece Silvio Nozoe, 34, que trabalha em autoelétrico nas proximidades.

Em 2012, a Prefeitura de Diadema prometeu que, no ano seguinte, iniciaria a pavimentação do corredor (que também integra a Avenida Fábio Eduardo Ramos Esquível). Porém, até agora, a obra não começou. Na época, a estimativa era de que o serviço fosse custar em torno de R$ 2 milhões. Procurada, a administração municipal informou que no ano passado foi executado trecho de 1.440 m² de recapeamento, no valor de R$ 135,2 mil, além de operação emergencial de tapa-buraco.

Ainda segundo o Executivo, o projeto para asfaltar a via, no qual será investido R$ 1,3 milhão, oriundo de convênio com o governo federal, está licitado desde 2013. A empresa vencedora do certame é a Versátil Engenharia Ltda, com sede no Centro de Santo André. A sinalização horizontal também integra o planejamento. Para efetivar a obra, no entanto, a Prefeitura afirmou que “ainda há alguns trâmites que estão sendo resolvidos junto ao Ministério das Cidades”, o que deve ser finalizado neste ano.

O órgão federal, por sua vez, declarou aguardar “que a Prefeitura de Diadema solucione pendências, como documentação técnica, para que a intervenção seja iniciada”.

A Prefeitura de São Bernardo não retornou ao pedido de informações.
 




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