A Coréia do Norte afirmou nesta quinta-feira que possui uma bomba atômica para se proteger dos Estados Unidos, a quem acusou de querer derrubar seu governo, e rejeitou a retomada das negociações sobre seu programa nuclear.

O regime de Pyongyang havia anunciado pela primeira vez em outubro de 2003 que possuía "uma força nuclear dissuasiva". O ministério norte-coreano das Relações Exteriores explicou nesta quinta-feira que o país decidiu reforçar seu arsenal nuclear diante da "hostilidade" do segundo mandato do presidente George W. Bush.

"Já nos retiramos do TNP (Tratado de Não Proliferação) e temos fabricado armas atômicas por medida de autodefesa diante da política cada vez menos oculta da administração Bush de isolar e asfixiar a República Democrática Popular da Coréia", afirma um comunicado da chancelaria, citado pela agência oficial KCNA.

O documento acrescenta que Pyongyang decidiu não participar, por tempo indefinido, das negociações entre seis países sobre suas ambições nucleares. A comunidade internacional esperava a retomada do diálogo suspenso há cinco meses.

Em uma declaração clara sobre seu programa nuclear militar, a Coréia do Norte acrescenta que "reforçará seu arsenal de armas nucleares" para defender seu sistema político.