Infectologista e diretor do Hospital Estadual Emílio Ribas, localizado na Capital, David Uip afasta o risco de epidemia pelo vírus H1N1 (da gripe suína) em São Caetano.

Na sexta-feira, um guarda-civil de 39 anos, não identificado, foi internado no Hospital Central, à Rua Manoel Coelho, com suspeita de contaminação da gripe suína. Ele continua em coma induzido.

Uip afirma que a chance de outra epidemia acometer o País é praticamente nula. "Com esse sorotipo, não. A variável que muda a história da contaminação é a vacina. Podem ocorrer ‘escapes', como esse caso, se for comprovado. Mas a tendência é de que tenhamos menor número de casos ano a ano", explicou. Em relação à inclusão da vacina no calendário nacional há dois anos, Uip é categórico. "Fizemos um belo gol."

Mesmo com o afastamento dos riscos, o médico aconselha que as pessoas prestem atenção aos sintomas persistentes, como febre alta e dores musculares. A recomendação vale, principalmente, para gestantes, portadores de doenças crônicas, obesos e profissionais da área da Saúde.

A Prefeitura informou que o exame que poderá acusar ou não a contaminação no GCM ficará pronto até a semana que vem. As pessoas que trabalham com o paciente foram orientadas a procurar atendimento médico com urgência caso apresentem algum sintoma da doença.

SEM INCIDÊNCIA

Em 2011, nenhuma cidade da região registrou casos confirmados de gripe A. No Estado, o número chegou a 15, sendo dois óbitos - em Bauru e Ribeirão Preto, ambas no Interior. Há dois anos, quando houve pandemia mundial, foram notificados 700 casos no Grande ABC e 50 mortes.